Belém, teu nome é bagunça.
Belém, a indisciplina dos teus te transformou numa bagunça.
Belém, quem deveria cuidar de ti se omite impiedosamente e contribui para a bagunça.
Vejam a foto acima, do blog.
Mostra esse buracão numa calçada da Braz de Aguiar, bem na esquina com Benjamin Constant.
O buraco, assim como se vê, está aberto há cerca de duas semanas.
Foi aberto pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), para consertar um vazamento num prédio às proximidades.
Abriram o buraco e não o fecharam mais.
Por que não o fecharam?
Não o fecharam sob a seguinte presunção: a de que seria uma perda de tempo fazê-lo, porque as calçadas da Braz de Aguiar estão em obras.
E as obras estão se aproximando da área onde está o buraco.
Portanto, se estão revirando toda a calçada para reformá-la, é melhor deixar que a própria prefeitura feche o buraco.
O raciocínio é até lógico.
É até prático.
Mas há um detalhe: a prefeitura de Sua Excelência o dotô Duciomar está há um ano nestas obras de reforma das calçadas da Braz de Aguiar.
Há um ano!
Ele, dotô Duciomar, aquele cara de sorte, começou a divulgar no ano passado, pouco antes das eleições, a patranha de que daria um grau na Braz de Aguiar para deixá-la como uma via de Primeiro Mundo.
E de lá pra cá, nada.
Era uma patranha, repita-se.
Era uma mentira de Sua Excelência.
Mais uma.
As obras nas calçadas da Braz de Aguiar começaram, pararam durante um tempão e recomeçaram recentemente.
Já pensaram se demorar mais um ano para que as obras prossigam até alcançar a área onde está esse buraco?
Leia mais:
A bagunça, a indisciplina, o abuso. Perto da Sé
A bagunça, a indisciplina, o abuso. Bem no meio da rua
3 comentários:
Não se preocupe, Paulo, o "oftalmobaxarel" quer ser "cenador" e vai deixar a Braz nos trinques, até outubro de 2010, tenha certeza. Agora, se a obra não ficar pronta até o dia da eleição, tire o cavalinho da chuva.
Na época da "reforma da Braz", feita pelo Edmilson eu morava perto dessa via e desde sempre critiquei. A ideia não era ruim, mas não foi feita de maneira inteligente nem bem cuidada, não muito depois da entrega as pedras portuguesas já soltavam, provocando inúmeras crateras em meio a calçada. Da mesma forma as cantoneiras (nem sei se ainda existem), com floreiras, eram um enorme fardo. Na época o Paulo Chaves criticou e o Edmilson ameaçou processá-lo, logo se viu que ele não estava muito enganado [reparem esta é uma crítica a esta obra, não ao governo do Edmilson]. De nada me surpreende o descaso do Dudu (a antítese completa da figura onipotente e onipresente) por essa via (e pelo resto da cidade). Sempre gostei de andar pro Belém, mas certamente os pedestres nunca foram prioridade.
Se a revitalização da calçada do Museu Paraense Emílio Goeldi demorou muito mais de um ano (ou já se esqueceram?), porque a "rua chic de Belém" tem que ter tratamento diferenciado? Não vá me dizer que os que caminham na calçada do Museu ou precisam passar por ali são menos importante que os consumidores da Braz!
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