terça-feira, 8 de setembro de 2009

Açaí e peixe em queda

No AMAZÔNIA:

As famílias paraenses encontraram pelo menos mais um bom motivo para encher a mesa com dois típicos alimentos da região Amazônica. O açaí e o peixe vendidos na Grande Belém continuam apresentando quedas nos preços, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mês de agosto, por exemplo, o açaí do tipo médio (o mais consumido) sofreu a terceira baixa seguida e, agora, custa em média R$ 7,08. Se comparado com julho, o recuo chega a 11,94%. Já o pescado sofreu queda de preço pelo quarto mês consecutivo. O tucunaré e a pratiqueira ficaram 24% e 14,5% mais baratos, respectivamente, em agosto, na comparação com o mês de julho.
O Dieese percorreu 10 mercados municipais da Grande Belém e constatou que, dos 22 tipos de pescados mais consumidos pelos paraenses, 13 ficaram mais baratos no mês de agosto em relação a julho. Além do tucanaré e da pratiqueira, o cação, a arraia e a pescada gó também ajudaram na queda de preços, com recuos de 13,26%, 13,2% e 13,11%, respectivamente.
'Caiu (o preço) e ainda vai cair mais, porque está vindo o Círio e, nessa época, a venda do peixe diminui muito', explicou o vendedor Mauro Antônio Costa de Souza, que trabalha no Ver-o-Peso. Segundo ele, a pescada amarela, que custava até R$ 10 o quilo, agora pode ser encontrada por R$ 6 o quilo.
Na mesa da autônoma Rilma Lima, 42 anos, e de seu marido, o vigilante Ênio Santos, 28 anos, não falta peixe. Como consumidores assíduos, eles já notaram a diferença no preço. 'Já deu para perceber em alguns supermercados que ele ficou mais barato. Porém, foi uma queda pequena. O preço continua salgado', reclama Rilma.
A afirmação de Rilma foi constatada pelo Dieese. De acordo com a pesquisa realizada pelo departamento, apesar de ter ficado mais barato em agosto na comparação com julho, a maioria dos tipos de pescado sofreu aumento de preço na análise do acumulado do ano (janeiro a agosto). É o caso do tamuatá e pirapema, que ficaram 31,83% e 22,93% mais caros.
A mesma situação foi encontrada na análise dos últimos sete meses (setembro 2008 a agosto de 2009). Os principais reajustes ficaram por conta do filhote, com aumento de preço de 36,76%, seguido da pescada gó, que ficou 33,72% mais cara e piramutaba, que teve reajuste de 33,25%.

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