segunda-feira, 16 de março de 2009

Taxistas saem à caça de matadores de colega

No AMAZÔNIA:

O assassinato de um taxista na madrugada de ontem foi o estopim para uma caçada que percorreu os municípios de Belém, Ananindeua e Marituba. Revoltados com a morte de Francisco de Assis Carvalho, de 35 anos, encontrado com um tiro na cabeça, no banco de trás do táxi, na invasão da Asdecelpa, em Belém, dezenas de taxistas estavam em busca de Justiça. Até o final da manhã, ninguém havia sido preso e a categoria ameaçava interditar a rodovia BR-316, em protesto a segunda morte taxistas em duas semanas.
Por volta das 2h30 de ontem o corpo de 'Chiquinho', como era conhecida a vítima, foi encontrado no banco de trás do carro dele, um Pálio branco, de placas JVQ-2993, na rua Espírito Santo, entre as passagens Fé em Deus e Bom Sossego, na invasão da Asdecelpa, cravada em uma zona de fronteira entre os bairros do Una e Coqueiro. O som do carro, a carteira da vítima e a renda de um dia inteiro de trabalho tinham desaparecido.
A notícia da morte do taxista chegou rapidamente ao ponto localizado em frente ao Pronto-Socorro da Cidade Nova IV, no qual, há cerca de 5 anos, 'Chiquinho' trabalhava entre amigos e muitos parentes.
Ainda de madrugada dezenas de taxistas começaram a chegar ao local do crime. No início da manhã as investigações informais já apontavam o nome de 'Alan', como um dos quatro homens que seriam responsáveis pela morte do taxista.
As primeiras informações sobre o caso davam conta de que 'Chiquinho' foi visto pela última vez por volta das 23 horas de sábado. Quatro pessoas teriam contratado a corrida em frente o PSM da Cidade Nova VI. A sobrinha da vítima, Mariane da Silva, disse que o tio não fazia corridas arriscadas e por ser de família de taxistas, tinha muito cuidado com os trabalhos que fazia. 'Ele deixou cinco crianças órfãs. O que vai ser dessa família?', disse emocionada.
Emoção, mas também muita revolta foi o clima e combustível da caçada durante toda a manhã. Por volta das 9 horas um grupo de homens, que seriam taxistas, invadiram e depois destruíram um barraco de madeira, na mesma invasão na qual o corpo de 'Chiquinho' foi encontrado.
A casa seria de 'Alan', um dos homens apontados como membros do bando responsável pelo assassinato. Vizinhos do local disseram que 'Alan', acompanhado da mulher e seu filho de colo, teriam abandonado o local de moto, ainda de madrugada. Um botijão de gás, um dos únicos bens que havia no imóvel, foi doado a uma moradora da área antes que o local fosse completamente destruído.

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