segunda-feira, 9 de março de 2009

Sefer formaliza saída do DEM após sigla exigir desligamento

No AMAZÔNIA:

O deputado estadual Luiz Afonso Sefer está sem partido. O desligamento dos Democratas (DEM) foi formalizado ontem e a vice-presidente nacional da sigla, Valéria Pires Franco, informou que fará o registro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e na Assembléia Legislativa hoje. Caso não pedisse para sair, Sefer seria expulso do partido por causa da acusação de ter abusado sexualmente, durante três anos, de uma menina de nove anos.
Na última sexta-feira, Valéria encaminhou a Sefer o documento em que solicita o desligamento do deputado. Nele, Sefer é instruído a pedir o cancelamento da filiação ao DEM imediatamente. Caso a orientação não fosse atendida dentro de 24 horas, conforme o documento, Valeria encaminharia uma representação à Executiva Nacional do partido para abrir um processo interno de expulsão.
'Não é meu feitio fazer juízo negativo prematuro de quem quer que seja. No caso, porém, após minucioso inquérito policial e sua análise pelo Ministério Público, estão demonstrados indícios contra V. Exa., o que resultou no pedido de sua prisão preventiva', explica um trecho do documento do DEM. 'Não podíamos ter em nos nossos quadros qualquer pessoa acusada de um crime como esse', reforçou Valéria, ontem, por telefone.
Valéria explicou que discutiu a desfiliação de Sefer com o presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ). A decisão, contou, foi tomada assim que o Ministério Público denunciou Sefer e pediu a prisão preventiva dele, na sexta-feira. Ela afirmou que foi aguardada a denúncia formal do MP, uma instituição que representa o cidadão, porque até então as informações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) eram mantidas sob sigilo. 'Não tínhamos uma manifestação oficial. Não queríamos ter participação em um linchamento moral sem que tivesse a denúncia formal', explicou.
De acordo com Valéria, o que o DEM fez logo quando as denúncias começaram a surgir foi afastar o deputado das funções exercidas no partido, como a liderança da bancada na Assembléia Legislativa, a participação nas comissões e na Executiva municipal. No documento que encaminhou ao DEM, Sefer disse que solicitava a desfiliação temporária do partido porque reconhecia que as denúncias trazem desconforto à agremiação partidária. Contudo, argumentou que as acusações são absurdas e disse ter convicção de que os fatos serão esclarecidos. Já Valéria ressaltou que a desfiliação do deputado não é temporária.

3 comentários:

Anônimo disse...

Esse negócio de carta com desfiliação temporária só pode ser coisa do advogado do deputado, que não entende nada de legislação eleitoral.
Saiu, pronto. Ponto final.

Poster disse...

Realmente, Anônimo.
Nunca vi "desfiliação temporária".
Suspensão sim, já desfiliação...
Abs.

Anônimo disse...

O deputado foi no mínimo deselegante com a Valéria, ao responder a carta para o marido e não pra ele.