Na coluna “Repórter 70”, de O LIBERAL:
PAUTA
Encontro
Assessores do prefeito Duciomar Costa têm encontro marcado, hoje, às 11 horas, com o chefe da Casa Civil do governo do Estado, Cláudio Puty. Na agenda - para usar um termo à moda deles -, a formatação de um encontro de longo curso entre o prefeito e a governadora Ana Júlia, antes da virada da semana. Nem precisa dizer que a proposta de criação da CPI da Saúde, na Câmara, e a possibilidade de criação da CPI do Kit Escolar, na Assembleia Legislativa, serão o tema central da conversa.
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Do Espaço Aberto:
Sua Excelência o prefeito Duciomar Costa deve ter chegado tarde.
Muito tarde.
Se for pedir a interferência do Palácio dos Despachos para impedir a CPI da Saúde na Câmara, certamente deverá ouvir da governadora que ela não pode mais fazer nada, porque a CPI na Câmara é irreversível.
E é mesmo: irreversível, repita-se.
Se a Câmara Municipal de Belém não consumar, no prazo regimental devido, a instalação da CPI da Saúde, estará condenada à desmoralização, à repulsa, ao nojo e ao asco de toda a população de Belém.
Sabe-se se lá o que Duciomar vai pedir à governadora.
E sabe-se lá como é que a governadora vai reagir a um pedido de Duciomar, seja lá o qual for.
O que deve fazer a Câmara?
Deve deixar Suas Excelências falando sozinhos.
Sozinhos.
Deve deixar ambos se olhando um para o outro, com aquele olhar mortiço de quem, nada tendo a dizer, nada diz mesmo.
Duciomar não pode negar o caos na saúde pública em Belém.
Um caos passível de uma investigação parlamentar.
E Ana Júlia não pode negar que esse caso da aquisição de kits escolares comporta suspeitas tenebrosas.
Suspeitas que o Ministério Público investigar e que logo, logo deverá ser levada à discussão no Judiciário.
Duciomar e Ana Júlia.
Ana Júlia e Duciomar.
Que um fique com seu caos.
Que outra fique com seus kits.
É isso.
2 comentários:
Neste encontro talvez saia um pacto de serem feitas somente ações sérias. Trambicagens não seriam mais feitas por ambos governos.
Mas, caro poster, é irreversível ou é 'irreversível' como a 'inapelável' decisão do TJ, aquela que transitou em julgado, no caso dos precatórios?
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