quinta-feira, 26 de março de 2009

Construtora deu dinheiro a Agripino e Flexa Ribeiro

No Blog do Noblat

Nos grampos autorizados pela Justiça e que resultaram, hoje, na prisão pela Polícia Federal de diretores da Construtora Camargo Corrêa, há diálogos que falam de dinheiro para as campanhas de José Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado, e Flexa Ribeiro, senador pelo PSDB do Pará.
Os dois alegam que o dinheiro foi doado oficialmente. E declarado nas contas que prestaram à Justiça Eleitoral. No caso de Maia, teriam sido R$ 300 mil.
Se os senadores dizem a verdade não houve crime. Do contrário, sim.

ATUALIZAÇÃO ÀS 10H41:

O blog recebe a seguinte nota da Assessoria de Comunicação do Senador Flexa Ribeiro:

Sobre as notícias divulgadas nesta quarta-feira (25), acerca da Operação Castelo de Areia, deflagrada pela Polícia Federal, repassamos os seguintes esclarecimentos:

1 - De fato, foram feitas duas doações ao PSDB do Pará pela Construtora Camargo Correa.
2 - A primeira, em 15 de setembro de 2008, no valor de 100 mil reais. A segunda, de mesmo valor, em 23 de setembro de 2008. As duas doações foram feitas em nome do partido, do qual o senador Flexa Ribeiro é o atual presidente estadual.
3 - As doações foram destinadas a custear as campanhas municipais de 2008. O PSDB esteve na disputa em todos os 143 municípios paraenses, de forma direta ou com alianças partidárias.
4 - A transferência ocorreu entre uma conta no banco do Bradesco e a conta do PSDB paraense, no Banpará.
5 - A doação ocorreu legalmente, de acordo com a Lei 9.504, que trata das regras previstas para as eleições no Brasil.
6 - Todo o valor doado ao PSDB para as campanhas municipais foi devidamente declarado para a Justiça Eleitoral. Portanto, de forma transparente e dentro da legalidade, conforme é a prática do PSDB.

6 comentários:

Anônimo disse...

Se há notícias de Senadores envolvidos (conexão com os diretores da Camargo Corrêa) por que o juiz não remeteu os autos ao Supremo Tribunal Federal em razão da prerrogativa de função?

Depois anulam as prisões e o processo e vão colocar a culpa, sem razão, no STF.

Será que o juiz desse caso é o mesmo do Caso Dantas? Se foi, errou de novo ao atrair para ele competência que não possui. Por favor, blog, dá para checar isto?

Anônimo disse...

Nunca é demais lembrar que a Construtora Camargo Correa foi quem construiu os hospitais regionais do governo Jatene.
Os hospitais foram construídos através de um siatema chamado turn key, ou seja, porteira fechada, em que a construtora comprou até os equipamentos hospitalares.
Toda a negociação foi feita por um super secretário que não tinha nada a ver com a área de obras e muito menos com a saúde.
O que se comentava ontem aqui Brasília, era de que muita coisa ainda vai aparecer na documentação apreendida pela Polícia Federal, e alguns nomes ainda surgirão daqui pra frente. O tititi era muito forte para as bandas do Pará. Coisas de ontem e hoje.
Quem participou do governo tucano, quando os hospitais foram construídos, sabe muito bem do que se comentava na época.
A noite de ontem foi muito mal dormida para certas figuras carimbadas como eminências pardas do governo demo tucano.

Anônimo disse...

Paulo,

Acredito que as doações foram legais, sim. Aliás a Camargo Corrêa doou recursos para vários partidos no Pará. Que tal um conferida no TRE.

Anônimo disse...

O anônimo das 8:30 tem razão, senão ficaria os que pagaram de um lado e do outro os que receberam (senadores).

Anônimo disse...

Esta construtora é muito pão dura, só este dinheirinho para o PSDB, não teve mais dinheirinho pelo sistema não contabilizado? Fala sério Flexa Ribeiro! Dinheiro não contabilizado segundo o PT do mensalão não é coisa errada.

Anônimo disse...

Anônimo das 14:43 a
PF, no Brasil, deve significar prato feito. Porque a única coisa que a polícia federal apresenta aos brasileiros para justificar seus altos salários é não prender ninguém com o show de pirotecnia contumaz. Só no Brasil o ônus da prova é do acusado, e não de quem acusa.
O que a polícia federal fez com os dólares encontrados nas cuecas e nas malas de ilustres petistas da república de Garanhuns? Só temos notícias de que estamos vivendo um grande big brother promovido pela PF e que nenhum cidadão tem seus direitos constitucionais garantidos com escuta prá lá, araponga prá cá.
PF vai trabalhar.
E continuamos a viver. A Polícia prende. A Justiça solta. E nessa novela mexicana ficamos esperando o próximo big brother.