Aos poucos – bem aos pouquinhos – vai ficando mais claro o cenário no segmento de supermercados de Belém, que sempre nadaram em águas claras, tranquilas e cristalinas.
Até que chegasse a crise.
Até que a crise chegasse para forçar, por exemplo, o Grupo Yamada a decretar o fim do regime 24 horas do Yamada Plaza, aquele de São Braz.
O que fez o Grupo Yamada?
Publicou meia página de um comunicado no Diário do Pará e disse, sem piscar, que “a loja [Yamada Plaza] fechará durante as madrugadas, pois estará em manutenção para lhe oferece maior conforto...” e blablablá.
Então tá.
O LIBERAL de ontem publica matéria informando que, “de acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no Estado do Pará o aumento foi um pouco mais tímido, em torno de 4%, segundo a Aspas, Associação dos Supermercados do Estado. No mês de fevereiro, os resultados, em algumas empresas, devem ser menos animadores ainda.”
Nada demais nisso.
Ou por outra, nada mais natural que os supermercados de Belém e do Pará sintam, também eles, o tranco da crise.
O que não pode e que não contribuir para a credibilidade das empresas é usar o verbo para confundir.
O que não se admite é que usem comunicados para nada comunicar.
Mas é a tal coisa: que lê comunicados de faz-de-conta devem fazer de conta que não leram comunicado algum.
É isso.
Um comentário:
Supermercado em crise? Duvido.
Proponho que você vá, agora, a qualquer supermercado e veja como estão cheias de compradores as lojas.
Os preços sobem, mas as vendas não caem.
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