Em Barcarena, não é boi que “avua”. É rebanho.

Se na política do Pará, até boi avua, conforme o velho ditado que, diz-se, tem como autor – ou um dos autores – o deputado Gerson Peres, na política paroquial de Barcarena quem avua não é mais um boi apenas, uma rebanho inteiro.
Mas também uma manada de búfalos pode voar em Barcarena.
Na eleição de 2000, Laurival Cunha Filho, o Laurivalzinho (PMDB), que ganhou o pleito, tinha como adversário, aliás, tinha como inimigo político João Carlos Dias.
Confirmadas a vitória do peemedebista e a derrota de Dias, que então estava filiado ao PMD e perdeu por apenas 760 votos, estou um pé de pau na cidade. Todas as 114 urnas eleitorais foram queimadas no incêndio, que também reduziu os computadores e disquetes do fórum a cinzas.
O vandalismo foi assunto nacional (clique aqui – onde tem Paraná, leia-se, obviamente, Pará)
E aí?
Nada como oito anos depois.
Pois na eleição do ano passado, João Carlos Dias elegeu-se prefeito de Barcarena pelo PP.
Com o apoio de quem?
De Laurival Cunha Filho, o Laurivalzinho (PMDB).
Entre eles, tudo bem.
Mas entre João Carlos e a Justiça, não.
O prefeito é acusado de desembolsar R$ 800,00 e autorizar a compra de 32 cestas básicas para distribuição entre eleitores do bairro Zita Cunha, um dois mais pobres do município, além de distribuir aterro e material de construção em troca de votos. A acusação está sendo apurado pelo procurador regional eleitora, Ubiratan Cazetta.
O gestor também responde também a uma ação criminal, acusado de ser um dos líderes dos atos de vandalismo que resultaram na invasão, destruição e incêndio fórum de Barcarena, em 2000.