terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Vinte pessoas foram presas por “vandalismo”

No AMAZÔNIA:

Na delegacia improvisada, o delegado do município, Marcelo Oliva, não concedeu entrevistas à imprensa. Informou apenas que o total de presos era aproximadamente de 20 pessoas: dez que foram detidas pela manhã, por participação no incêndio e depredação no Fórum ocorrida no domingo; e mais dez durante a tarde, com a ação da polícia para impedir novos atos de vandalismo. Os dez primeiros detidos foram encaminhados para a Delegacia de Abaetetuba. Entretanto, surgiram informações que não foram dez pessoas presas pela manhã, e sim 13.
Ainda durante a tarde, os homens da PM ficaram rondando diversas ruas da cidade. De acordo com eles, muitos manifestantes que estavam incitando a depredação eram na verdade vândalos ou adolescentes. 'Sabemos que a maior parte das pessoas de bem da cidade não concordam com estes atos de selvageria e vandalismo', disse informalmente um oficial PM. Em determinado momento, dois rapazes começaram a fugir quando avistaram a viatura da Rotam. Eles invadiram uma residência na rua Graciana Almeida, onde estavam uma jovem e seu filho de um ano e três meses. 'Eu estava deitada na rede com meu filho, quando eles entraram correndo e quase me jogam no chão', disse apavorada Giovanna Fonseca, de 18 anos. Dentro da residência ao lado, foi localizado um rapaz, que disse ser morador das proximidades. Entretanto, ninguém o conhecia ali, e ele foi preso. Para evitar este tipo de problema, a polícia instruiu os moradores a trancar portas e janelas e permanecer dentro de suas residências.
A situação ficou mais tranqüila após às 18h30, quando aglomerados de pessoas não eram mais vistos espalhados pelas ruas da cidade. Momentos antes, surgiu a informação que um grupo estava se encaminhando para destruir a casa da prefeita. Mas a polícia já estava montando guarda e nada ocorreu. Apesar da aparente calmaria, os policiais estavam preparados para novos ataques durante a noite ou madrugada. 'É possível que os manifestantes tentem incendiar a Câmara Municipal e outros locais públicos. Por isso a PM e o Corpo de Bombeiros permanecem de prontidão na cidade', disse o major Sabbá. Os militares montaram uma espécie de quartel no prédio da Prefeitura Municipal, de onde foram coordenadas as ações.

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