terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Uma história de tombo puxa outra. Triste história.

Uma história puxa outra.
Uma história de pedra solta na Braz de Aguiar puxa outra história.
Uma história de tombo por causa de pedra solta na Braz de Aguiar puxa outra história.
Triste história, mas real, infelizmente. Melhor se fosse apenas ficção.
A história foi contada ao blog logo depois da postagem sobre o caso da senhora de 60 anos que desabou na calçada da Braz de Aguiar, próximo à Rui Barbosa, depois de pisar em falso numa pedra solta na calçada.
Pois bem.
Há cerca de seis meses, um octogenário, aposentado da Petrobrás e residente no Edifício Princesa Margareth, levou uma queda. Foi um tombo feio, que lhe fraturou o fêmur.
A queda do octogenário foi na mesma calçada onde caiu a idosa, na última quinta-feria. Ela caiu bem pertinho da banca de revista situada em frente ao Golden Shopping. Ele também.
Isso, repita-se, há seis meses.
De lá pra cá, o idoso, muito querido por todos, inclusive dos motoristas de táxi que fazem ponto na Braz de Aguiar com a Benjamin, não conseguiu mais recobrar a saúde, que era plena, vale dizer.
Era um idoso ativo. Caminhava todos os dias. Sempre de bom humor.
Depois da queda, passou a locomover-se em cadeira de rodas.
Resultado: a notícia mais recente é a de que ele está na UTI do Hospital Porto Dias.
Como você vê, tudo começou com uma queda na Braz de Aguiar, a rua chique, mas de calçadas esburacadas, de pedras soltas que causam acidentes. Gravíssimos acidentes, sobretudo quando as vítimas são idosos.
E aí, temos de esconder isso?
Temos que relevar o fato de que a rua mais chique, mais charmosa de Belém tem pedras soltas que expõem pessoas a riscos?
Temos que relevar isso tudo para não prejudicar o sofrido setor de turismo em Belém e no Pará?
Temos que manter tudo isso escondido, sob segredo, sob sigilo, tudo pelo bem do nosso sofrido setor de turismo?
Temos?

13 comentários:

Anônimo disse...

Foi dudu que fez ;)

Yúdice Andrade disse...

Sebemos que as quedas constituem uma das principais causas de falecimento de idosos. Não à toa, essa é uma das maiores preocupações deles.
Foi um tropeço num tapete (pelo menos não foi na rua) que provocou a queda do avô de minha esposa, o maestro Isoca, de Santarém. Ele não se recuperou da cirurgia e nos deixou em 2002.
E quantos mais nos deixam sem necessidade, nas ruas? Como tolerar que uma vida humana se perca por um motivo desses?

Anônimo disse...

Paulo, todos os moradores da Braz tem uma história para contar dessa maldita calçada. A mãe do meu namorado, uma senhora idosa, não leva mais o cachorro para passear pois tem medo de cair. O irmão dela, um senhor idoso, já foi contemplado com uma queda que lhe deixou dias de cama. Sobrou a té para uma desembargadora idosa do TJE, que quebrou um dedo e ficou de olho roxo depois de cair por lá. A Braz virou um grande perigo. ENquanto isso, aquela maldita obra está lá pela metade.
Rita Souza

Anônimo disse...

Bacana que a rua "chique" trocou pedras portuguesas por um batidão de cimento. Deve ser a última moda em Paris.

Ironias à parte, a Braz realmente merecia um calçamento diferenciado, de alto nível, à altura do status de rua mais charmosa de Belém. Veja só o calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro: o seu visual é conhecido e reconhecido mundialmente, exatamente por ser algo que lhe confere uma identidade própria.

O prefeito Duciomar, infelizmente, não tem cultura e nem sensibilidade para perceber esses detalhes.

Anônimo disse...

As calçadas da avenida Nazaré são piores. Há buracos e desnível para todos os lados.
O único tombamento que assistimos é o da pessoa caíndo depois de tropeças.
Esse papo de tombamento é conversa fiada. Pode até existir algum ato administrativo, mas duvido que tenha sido feito através de lei.
A prefeitura não questiona porque não quer.
Sugiro que o prefeito venha fazer caminhada nas referidas calçadas, mas traga o capacete, a cotoveleira e a joelheira e tudo mais que comportar eira nem beira.

Poster disse...

Anônimo das 08:45,
Foi ele. Exatamente.
O autor é ele.
Abs.

Poster disse...

Yúdice,
Acompanhei sofrimento do seu Isoca, depois da queda.
O importante é que ele está vivo em nossas lembranças e em nossos corações.
Abs.

Poster disse...

Rita, seria tão simples consertá-las, não é?
Mas, por aqui, as coisas simples é que não faze mesmo.
Abs.

Poster disse...

Anônimo das 10:26,
Você tem razão.
O gestor não tem sensibilidade.
É exatamente isso.
Abs.

Anônimo disse...

É absurdo ver que a região mais valorizada de Belém está ficando feia, malcuidada e deteriorada, graças à incompetência de um prefeito imbecil. Perdoe-me a franqueza, Paulo, mas não posso usar outro termo para me referir ao atual gestor municipal: o cara é um imbecil, um beócio, um estúpido!

Moro no bairro de Nazaré há 31 anos e nunca vi as coisas tão avacalhadas por aqui como agora. Como você trabalha em um dos mais importantes veículos da imprensa paraense, peço que transforme o tema em matéria do jornal. Faço este pedido em nome de todos os moradores do bairro, pois não merecemos ser tratados com tamanho desprezo.

Vivian Cabral

Anônimo disse...

O descaso do prefeito com as calçadas a cidade beira ao caos, seja pela inoperância de das áreas de infra-estrutura, de educação e informação, assim como de fiscalização ao uso e cuidados com as vias públicas. A começar pelo abandono das calçadas nas periferias, onde pessoas têm de andar nas vias dos automóveis, sujeitas a atropelamentos. Isso porque as calçadas além de irregulares, estreitas, abrigam camelôs, bancas de feiras, mesas de bares, entulhos, lixos, carros estacionados... Casos horrendos das invasões bárbaras das calçadas são os localizados no entorno dos shoppings e na área central de Belém, desnudam o descaso e desrespeito ao direito à acessibilidade, o centro da cidade também é uma favela.
No caso da Brás de Aguiar assim como outras vias importantes, vem sendo atendidas pelo tacanho projeto de calçadas da prefeitura, algo que passa longe das periferias. Mesmo sabendo dos problemas de irregularidades como a que ocasionou o lamentável ocorrido, mas sabe lá quantos idosos e idosas, crianças se acidentam nas vilas, becos, passagens. Isso por culpa também próprios moradores mal-educados, que não investem em melhorias ou procuram desobstruir essas vias.

Anônimo disse...

Faltou sensibilidade e consciência política, inclusive dos nobre moradores da Brás na hora de teclar os números da urna eletronica e optar pela infeliz escolha de um prefeito incompetente, corrupto e insensato.

Poster disse...

Vivian,
Você tem inteira razão no seu desabafo.
A sua indignação é a nossa.
O tema que você propõe, Vivian, rende sempre uma ótima pauta.
Vou propor, sim.
Abs.