No AMAZÔNIA:
Entre 2002 e 2003, o Paysandu foi tricampeão paraense, campeão brasileiro da Segunda Divisão, venceu a Copa dos Campeões, disputou a Copa Libertadores da América... Os tempos de sucesso, pelo visto, foram apenas os '15 minutos de fama' do Papão.
Cinco anos depois, o clube está afogado em dívidas trabalhistas, tem seu patrimônio ameaçado e continua bem distante da elite do futebol brasileiro. Em 2008, a história de sucessivos tropeços, dentro e fora do campo, continuou. No Parazão, comeu poeira. Na Série C, nem se fala.
A última conquista bicolor foi em 2006, no Estadual. Desde então, nunca mais o Paysandu teve a satisfação de terminar o ano com o dever cumprido e em paz com os torcedores.
Este ano, a única alegria da torcida alvi-azul foi a conclusão das obras de ampliação da Curuzu. Fora isso, derrotas e mais derrotas, técnicos e mais técnicos, jogadores e mais jogadores.
Para Ricardo Rezende, presidente do Condel bicolor, a culpa é do restos deixados pela administração anterior. 'Assim como fizeram o ápice, fizeram a queda', diz.
Dentro de campo, as campanhas irregulares do Paysandu no Parazão e na Série C se repetiram em 2007 e 2008. Na Terceirona, o time ainda agonizou, mas deixou a temporada 2008 sem quebrar dois tabus. Os bicolores não vencem o Remo há dois anos. 'Na minha opinião, a culpa foi do técnico. Tem jogador no clube que não escalaria nem para meu time de botão', desabafa Rezende.
Os R$ 5 milhões reivindicados por antigos jogadores na Justiça do Trabalho são prioridade absoluta, segundo o presidente do Condel, que prometeu deixar a administração do clube no final deste ano, quando terminaria o mandato de Miguel Pinho.
'Não podemos dar um passo maior do que as pernas. Não estou preocupado com o Campeonato Paraense. Temos é que pagar a dívida do clube, porque fazer planejamento sem recurso é complicado', explica Rezende.
Fabrício foi outro erro da atual gestão bicolor. Vendido por R$ 400 mil, o que não pagaria nem 10% da dívida trabalhista do Paysandu, o meio-campista fez falta na reta final da Série C.
'Quando a venda dele estava sendo negociada, avisei: Lá na frente esse jogador vai fazer falta. Dito e feito', diz Rezende, que comemora um dos poucos acertos recentes do Bicola. 'Temos 300 garotos nas categorias de base. Esse é o futuro do clube', diz.
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