No AMAZÔNIA:
Dos quatro times previamente classificados para a fase principal do Campeonato Paraense 2009, o Remo é que está com o trabalho mais atrasado. Todos os demais têm bases formada. O Paysandu testa atletas no Time Negra e ainda espera a chegada de reforços; o Águia perdeu alguns jogadores desde a Série C, mas contratou outros; e o Ananindeua tem seus jogadores em atividade nessa fase intermediária da competição.
No Baenão é diferente. Em fase de transição administrativa, a antiga gestão de Raimundo Ribeiro já é virtual e a próxima, de Amaro Klautau, só começará a trabalhar dia 3 de janeiro. E ele avisou que de fato esperará essa data para iniciar a montar o elenco.
Na reapresentação de quarta-feira passada, apenas seis jogadores acima dos 20 anos estiveram no Baenão. Três deles sem qualquer vínculo com o clube. Eram egressos do futsal e estavam lá em testes. A afirmação de Klautau de que 15 dias são suficientes para se montar um elenco de qualidade é uma temeridade.
Deixar para a última hora a contratação de jogadores provavelmente comprometerá o começo azulino no Parazão do ano que vem, sem falar que logo em seguida começará a Copa do Brasil e esperar lucro financeiro já na primeira rodada não é recomendável.
'Nos anos anteriores o clube sempre teve tempo para contratar e o que aconteceu? Queda atrás de queda. Não vou repetir os erros do passado. Quando assumir vamos contratar dentro do que teremos em mãos como recursos financeiros', disse o presidente eleito.
Antes mesmo de saber o que o futuro gestor havia dito, o meia Jóbson, o mais experiente do elenco - ou do que restou dele - afirmou exatamente o contrário. 'Se tivesse poder de decisão montaria a comissão técnica e o elenco desde agora. Futebol é assim, quem deixa para a última hora acaba fazendo as coisas com afobação', assegurou.
O resultado disso é que atualmente o elenco remista é predominantemente formado por juniores. Por mais que se contrate outros mais experientes no começo do ano que vem, o que deve realmente ser feito, não há como não projetar um começo de temporada sem que a base do time não seja o sub-20.
Dizer que a garotada remista não tem valor é um exagero, assim como o contrário também. Mas é sabido que são poucos os que sobem já prontos para suportarem as cobranças da torcida.
Mesmo os que já têm uma certa experiência ainda carecem de maior rodagem. O meia Guto, 23 anos, passou a maior parte de sua curta carreira em ginásios (atuando no futebol de salão) e não em gramados. Ele foi campeão sub-17 pelo Carajás há seis anos e, desde então, atua no futebol da bola pesada. Agora, tenta retomar sua carreira no futebol.
'Estava no futsal do Remo e pedi uma oportunidade de vir treinar aqui. Sei que tenho potencial e esse é um bom momento', disse. Guto, Piquete e William são os três que vieram do salão em busca da maior sorte no profissional.
Os volantes Ramon e Diego Maciel e o meia Jóbson são os três que estão acima do sub-20. O lateral-direito Levy, que atuou no elenco de cima este ano, ainda tem idade de júnior, mas deve transferir-se para o Figueirense-SE. Quanto ao goleiro Adriano, sua permanência no Baenão ainda é uma incógnita.
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