terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Paraense é destaque no país

No AMAZÔNIA:

A estudante paraense Thaiana Bitti de Oliveira Almeida vai receber amanhã, 10, em Brasília, o prêmio nacional como segunda colocada no Concurso de Monografia da Escola Superior do Mistério Público da União, comemorativo aos 10 anos da Escola Superior da Instituição. A paraense ficou atrás apenas de uma universitária da USP (Universidade de São Paulo). O concurso teve como tema 'É criminoso discriminar'. O assunto tem sido tratado por grandes juristas e movimentos sociais, por que envolve interesse do povo brasileiro por tratar sobre educação e discriminação, como conseqüências do preconceito que existe e atrasa o desenvolvimento do País.
Com o tema 'Justiça, adequação e eficácia como critérios de implementação das cotas para negros em universidades brasileiras', Thaiana defende com sensibilidade, mas principalmente, com conhecimentos baseados nos estudos do filósofo norte-americano Ronald Dworkin e posição jurídica bastante fundamentada a causa que abraçou. 'Não tenho certeza sobre os resultados, mas acredito que vale a pena tentar em função de toda a questão social que envolve, e por toda a questão social no Brasil', ressalta sobre a defesa de cotas para negros.
Orgulho para a mãe Luciana Bitti de Oliveira, a estudante escreveu para mostrar que a política de cotas precisa ir muito além de uma ação afirmativa para o ingresso de negros no ensino superior brasileiro, ela argumenta que também é necessário que o Estado brasileiro assuma não apenas o direito de negros de baixa renda às cotas, mas a permanência deles na universidade até sua formação, pois só assim eles terão chances verdadeiras de mudar a sua realidade e a do País.
Em seu trabalho Thaiana usou como base a Lei 4.151 / 2003, do Rio de Janeiro, que estabelece 45% das vagas nas universidades naquele Estado para a população de baixa renda, sendo que 20% desse percentual para estudantes que se declararem negros. Ela argumenta sua defesa em três critérios: Justiça, que diz respeito a identificar uma real situação, onde destaca que segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) apenas 5,1% dos negros brasileiros (leia-se pretos e pardos - IBGE) estão no ensino superior, e como tal, merecedora de tratamento especial pelo Estado; o critério da Adequação, onde deve-se compreender que a modalidade de ação afirmativa, no caso a cota, não pode ser restringida porque afeta a todos, mas sim que é um ônus suportável por toda a sociedade; e por fim, a eficácia, como meio hábil para alcançar a igualdade, onde deve-se observar e avaliar resultados, mesmo que não sejam os que se espera.
Mesmo antes de concluir seu bacharelado em Direito, Thaiana Bitti de Oliveira Almeida mostra que é mais um grande talento paraense reconhecido nacionalmente. 'A premiação foi uma grande surpresa para fechar com chave de ouro a graduação', comemora a aluna da Universidade da Amazônia (Unama), que agradece especialmente os professores José Cláudio Monteiro de Brito Filho e Luiz Alberto Rocha, seus orientadores.

Um comentário:

Anônimo disse...

DRA. THAIANA

Parabéns de todos os seus colegas de turma. Nós já sabíamos que bastava você concorrer que você ganharia. Não conheço a monografia que ficou em primeiro, mas a sua "é de primeira".

Parabéns aos Doutores José Claudio e Luiz Alberto.

Nós, alunos do Curso de Mestrado da UNAMA, estamos orgulhosos por convivermos com vocês.

É mais uma vitória da primeira e makior Universidade paerticular do Norte do Brasil.