sábado, 24 de maio de 2008

Senador Jefferson Péres morre aos 76 anos

Na FOLHA DE S.PAULO:

Morreu ontem em Manaus (AM), aos 76 anos, o senador Jefferson Péres (PDT). Líder do partido no Senado, Péres teve um infarto agudo pela manhã em sua casa, no bairro de Vieiralves, onde passava o Corpus Christi com a família.
O corpo do senador começou a ser velado ontem à tarde, no Palácio Rio Negro, antiga sede do governo do Amazonas. O enterro será hoje, às 16h, no cemitério São João Batista, em Manaus. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus decretaram luto oficial de três dias.
Durante o velório, a mulher do senador, a juíza aposentada Marlídice Péres, 60, disse que chegou a chamar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), administrado pela prefeitura. Mas, segundo ela, a atendente exigiu que fosse respondido um questionário antes de enviar a ambulância.
Médico e amigo da família, o gastroenterologista César Cortez foi chamado em seguida. Quando chegou à casa, Péres já estava morto. Cortez atestou a morte do senador por infarto agudo do miocárdio.
"Eu lamento por mim, lamento por este país, lamento pelo Estado do Amazonas, lamento por ele, que estava empolgadíssimo com os projetos de recuperação do centro antigo de Manaus", disse Marlídice.
A coordenadora-geral do Samu em Manaus, médica Moisa Bonfim, disse que a chamada da mulher do senador foi registrada às 6h03. Em sete minutos, segundo a médica, a USB (unidade de suporte básico) com uma enfermeira chegou à casa do senador. "Quando a equipe chegou, o médico César Cortez já havia atestado o óbito. Foi uma morte súbita", afirmou.
O médico afirmou que chegou à casa da família Péres às 6h20, tentou reanimá-lo, mas ele já estava morto. Afirmou que não tinha detalhes sobre a chegada da ambulância.
O senador e a juíza estavam casados havia 40 anos. Acostumada a acompanhar a rotina política de Péres em Brasília, Marlídice disse que estava em Manaus em razão de uma virose. Por isso, Péres viajou, anteontem, sozinho, de Brasília para a capital amazonense.
Segundo ela, o senador, que não fumava e não bebia, acordou às 5h, como de costume. "Ele tomou banho, fez a barba. Quando me viu acordada, disse: "Oi!". Foi ao jardim, apagou as luzes, tomou mel com guaraná e suco de laranja e depois subiu para o quarto, o que não era hábito. Ele sempre ia ler e escrever. Deitou na cama e me disse que estava passando mal, com uma dor forte no peito."
O pedetista deixa três filhos. Ele não tinha netos. O suplente Jeferson Praia (PDT) irá assumir a vaga de Péres no Senado.

Nenhum comentário: