quinta-feira, 1 de maio de 2008

Saída de secretária pode ser início de “rearrumação”

Já é dada como certa a saída da secretária de Administração, Maria Aparecida Barros Cavalcante, do governo Ana Júlia Carepa. A substituição, segundo se espera, deverá ser consumada tão logo a governadora retorne de sua viagem à Europa.
Uma das avaliações indica que a saída de Aparecida pode representar o que seria o início da rearrumação da base aliada na Assembléia Legislativa, com a atração do PSB do ex-senador Ademir Andrade de volta ao aconchego da base aliada.
O público anúncio do rompimento do grupo de Ademir com o governo Ana Júlia, proclamado da tribuna da Assembléia pelo deputado estadual Cássio Andrade em fins de fevereiro passado, teve como um dos motivos, se todos se lembram, justamente a presença de Maria Aparecida no governo.
A secretária resistiu o quanto pôde, para não ceder às exigências de Ademir, que pedia sua cabeça um dia sim, outro também. E resistiu tanto que acabou conquistando o apoio de quem realmente importava: da governadora Ana Júlia Carepa, que bancou a permanência da secretária, para descontentamento de Ademir, que bateu em retirada da base aliada com seu grupo.
Mas eis que cai Charles Alcântara e assume Cláudio Puty na Casa Civil. Eis que o novo chefe da Casa Civil, com suas pretensões de estabelecer “relações orgânicas” com a base aliada, tenta cimentar novas formas de convivência entre os governistas. Eis, ainda, que vem o deputado José Megale, líder tucano na Assembléia, é despeja fortes críticas contra o governo Ana Júlia, ao qual acusou de “irresponsável, incompetente, omisso e conivente”. Eis, por fim, que o discurso de Megale incendiou os governistas em defesa de Ana Júlia, a ponto de formalizarem contra o tucano uma representação por quebra de decoro.
Tudo isso confluiu para fortalecer a base aliada do governo. E mais: reuniões na Casa Civil com o novo chefe Cláudio Puty reaproximaram PSB e PMDB do deputado Jader Barbalho.
O PMDB, “em clima de paz e amor”, segundo informações transmitidas ao blog, fez muitas sugestões de mudança na relação do governo com a base aliada, consideradas positivas pelo chefe da Casa Civil. Os deputados saíram reafirmando a solidez da aliança na Assembléia.
Quanto ao PSB, o que se espera é que a substituição da secretária de Administração para entrada de Orlando Bordallo Júnior era a mexida no tabuleiro que ainda estava faltando para selar a volta de Cássio Andrade à base de apoio ao governo.
É espera para ver.

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