No Blog do Josias:
O tucanato discute reservadamente a hipótese de abandonar a CPI dos Cartões. Aguarda apenas a concretização de um pretexto. Ele virá, imaginam os dirigentes do PSDB, na resistência dos parlamentares que integram o consórcio governista em permitir que as apurações avancem em direção aos gastos secretos do Planalto.
Há na comissão requerimentos que exigem da presidência da República a abertura das despesas relativas a Lula e aos familiares dele. São números que o governo classifica como “sigilosos”. E que o relator da CPI, o petista Luiz Sérgio (RJ), não parece interessado em perscrutar.
Presidente da CPI, a senadora tucana Marisa Serrano (MS) adiou, propositadamente, a votação dos requerimentos controversos. O tema resurgiu, porém, com a veiculação de um dossiê supostamente organizado dentro do Planalto. Veio à luz nas páginas de Veja. Contém despesas de FHC, da ex-primeira dama Ruth Cardoso e de ex-ministros da era tucana.
Em movimento já insinuado pelo líder Arthur Virgílio (AM), o tucanato exigirá nesta semana, agora com mais ênfase, a abertura dos extratos de Lula e sua equipe. Há no PSDB a convicção de que os parlamentares que sustentam as posições do governo na CPI cuidará para que os requerimentos não sejam aprovados.
Será a senha para o desembarque do PSDB. Em conversa com o repórter, um dirigente tucano resumiu assim a estratégia do partido: “Devemos nos retirar logo que a gente possa explicitar para todo mundo que não é possível fazer a investigação. Temos que deixar claro para a opinião pública, de forma organizada e inquestionável, que não dá para investigar. Algo que, não tenho dúvidas, vai acontecer. Eles não desejam permitir que a apuração avance.”
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