quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Alexandre Machado, o bolsonarista exonerado pelo TSE, já exerceu o jornalismo. E deu causa a uma manchete histórica.

Eureka!

Eis que os delírios bolsonaristas, ao mesmo tempo em que nos provocam apreensões, revoltas e náuseas, também nos proporcionam a benfazeja oportunidade de conhecer melhor a cristalina e pura vida pregressa dos próprios bolsonaristas.

É o caso desse Alexandre Machaco, o bolsonarista - de carteirinha, com direito à disseminação de fake news - que o TSE exonerou sumariamente por indícios de que praticava assédio moral por motivação política.

Machado, descobre-se agora, não é apenas um servidor público de carreira, admitido, segundo se diz, através de concurso no TRE do Distrito Federal e cedido ao TSE, onde exercia função de confiança da qual foi exonerado.

Ele também já exerceu o jornalismo.

Como jornalista, Machado foi autor de reportagem publicada no ano 2000, portanto há mais de duas décadas, pelo Correio Braziliense, que à época tinha como diretor de Redação o jornalista Ricardo Noblat, um dos mais respeitados jornalistas do País, hoje integrante do portal Metrópoles.

A reportagem estava repleta de erros. Os erros foram tantos e tão graves que o jornal se viu forçado a publicar manchete que se tornou famosa: “O Correio errou”. Assim mesmo, em letras garrafais, como você pode ver na imagem.

A matéria que Machado escreveu tinha como título “O grande negócio de Jorge”, referência a Eduardo Jorge, secretário-geral da Presidência no então governo Fernando Henrique Cardoso.

 A reportagem assinada por Machado afirmava que a empresa DBO Direct tinha contrato de R$ 120 milhões com o Banco do Brasil para testar um sistema de transmissão de dados. Dizia também que, por trás da DBO, havia uma outra empresa: a DTC, que tinha como sócio Eduardo Jorge.

Machado foi desmentido pela DTC e pelo banco, que apontaram que a empresa não possuía vínculo com a DBO, que por sua vez se chamava, na verdade, BDO e não ficava em Curitiba como afirmava a matéria, mas sim em São Paulo. Além disso, a empresa não tinha contrato com o Banco do Brasil.

Entenderam? Tudo errado. Pura fake news, que antecipava, há 22 anos, o cenário atual, em que bolsonaristas, Machado inclusive, mentem todo dia, o dia inteiro.

Então, se quiserem acreditar no "depoimento voluntário" que Machado prestou à PF, logo após ter sido exonerado, isso é com vocês.

No depoimento, como sabem, o depoente disse que desde 2018 teria alertado o TSE sobre supressões na veiculação de peças de propaganda eleitoral. Isso tudo para sustentar as "denúncias" bolsonaristas sobre suposta conspiração de emissoras de rádio para prejudicar a campanha de Bolsonaro.

Nesse contexto, e conhece melhor o indigitado Alexandre Machado, conclui-se que ele merece figurar no hall da fama dos bolsonaristas mentirosos (perdoem-nos a redundância.)

Se quiserem saber de mais detalhes da história, leiam matéria disponível no portal Jornalistas Livres.

Um comentário:

AHT disse...

DOOO

Depois da peleia encenada, segue a rotina de sempre
Os seguidores do derrotado sentem a dor pelo poder perdido
Os seguidores do vencedor extravasam o prazer recolhido
Os realistas, atentos para não embarcar em canoa furada

AHT
31/10/2022