Não tenham dúvidas – a menor dúvida.
As diligências decretadas pelo ministro do
Supremo Luís Roberto Barroso, que resultaram, na manhã desta quinta-feira (29),
em várias prisões, inclusive a do advogado José Yunes, um dos melhores e mais
íntimos amigos do presidente Michel Temer (ambos na foto), têm um sentido claro: se o próprio
Temer não fosse presidente, já estaria preso. Senão hoje, bem antes.
Além de Yunes, amigo e ex-assessor de Temer, a
Polícia Federal prendeu o empresário Antonio Celso Greco, dono da empresa
Rodrimar, que opera no porto de Santos; João Batista Lima, ex-coronel da
Polícia Militar de São Paulo e também velho amigo de Temer, desde os tempos em
que o presidente era secretário de Estado em São Paulo; Wagner Rossi, ex-deputado,
ex-ministro e ex-presidente da estatal Companhia Docas do Estado de São Paulo
(Codesp); e Milton Ortolan, auxiliar de Wagner Rossi
As prisões são parte da Operação Skala, deflagrada nesta
quinta pela PF em São Paulo e no Rio de Janeiro, e estão ligadas às
investigações sobre a suposta participação de Temer na edição de um decreto
para favorecer o setor portuário.
Se o presidente, antes mesmo dessa operação, já
estava com ódio no coração de Barroso, porque mandou quebrar seu sigilo
bancário, agora mesmo é que o ódio desse ter se transformado num vulcão.
Mas é isto, sem tirar nem pôr: se fuçarem mais
um pouco, vão acabar descobrindo coisas horrivelmente nada republicanas nesse
decreto. Com respingos no topo da República.
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