sábado, 27 de junho de 2009

Diploma cai, mas empresas querem profissionais formados

Do Comunique-se

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou a exigência do diploma para o curso de jornalismo, dividiu a categoria e trouxe várias questões sobre a regulamentação da profissão. Jornalistas formados, não-formados, estudantes e professores querem saber, o que muda a partir de agora no mercado de trabalho?
Uma das principais portas de entrada na profissão é o programa de estágio. Três dos principais jornais do País usam deste meio para treinar futuros profissionais. Mesmo com a mudança na legislação, para alguns veículos de comunicação, ter curso superior ainda é um critério de seleção. Um exemplo é o jornal O Globo.

"Acreditamos no papel da escola"
“As organizações Globo respeitam a decisão do STF, mas acreditamos no papel da escola e na qualidade dos profissionais formados. Portanto, estar cursando ou ser formado em Comunicação Social continua sendo um dos critérios para a inscrição dos candidatos”, disse Luiza Correa, responsável pelo programa de estágio “Boa Chance” do jornal O Globo.
Por estar em andamento, o processo seletivo do Estadão não muda neste ano. Para o ano que vem ainda não se sabe se haverá alguma mudança.
“O processo seletivo para 2009 não terá mudanças porque já está na sua fase de encerramento das inscrições. Para 2010 não está nada decidido, pois a lei ainda é recente” informou Marisa Oliveira, responsável pelo “Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado” do jornal.
A Folha de S.Paulo não se preocupa com a decisão do STF. Mesmo antes dela, não exigia a graduação em Jornalismo.
“Nada mudou para o grupo Folha. O requisito principal para se inscrever no programa é o diploma. Qualquer pessoa que tenha curso superior concluído ou em curso, pode participar, basta que seja criativa, bem formada e julgue ter talento para jornalismo”, afirmou Ana Estela de Sousa Pinto, responsável pelo programa “Treinamento Folha” da Folha de S. Paulo.

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