segunda-feira, 29 de junho de 2009

Campanha Ficha Limpa corre contra o tempo

No AMAZÔNIA:

Para que políticos com um passado marcado pela corrupção não sejam mais eleitos, a Comissão de Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi ontem ao estádio Evandro Almeida (Baenão) em busca de assinaturas para que o projeto de lei popular de número 688/2007 seja aprovado. A Campanha Ficha Limpa foi iniciada no ano passado e até o momento a comissão já conseguiu 800 mil assinaturas. Ao todo, devem ser recolhidas 1,3 milhão, que é equivalente a 1% do eleitorado brasileiro, para que o projeto de lei não precise passar pelo Congresso Nacional e o Senado Federal para ser colocado em prática.
A expectativa é que até esta semana a comissão alcance a marca de 1,3 milhão. Caso contrário, o projeto de lei não vai conseguir ser aprovado a tempo de ter validade nas próximas eleições. De acordo com a missionária da Consolata Noely Bueno, que é voluntária da campanha em Belém, somente nos primeiros meses deste ano mais de 600 políticos já foram cassados. Ela explica que o Baenão foi escolhido por ter sido sede de um evento que reuniu milhares de pessoas: o encerramento do Ano Paulino.
Noely Bueno disse ainda que o projeto de lei veio para atender a um desejo de melhoria vindo de toda a população brasileira, que já está desacreditada com a política do país. 'Por esse motivo, eu assumi essa campanha como uma cidadã que quer um Brasil diferente. Com isso, espero que a população se conscientize e se sensibilize com a importância da aprovação desse projeto de lei', disse.
A dona de casa Fátima Soares declarou que espera que o objetivo da campanha seja alcançado a tempo para que ela não tenha que, mais uma vez, anular seu voto. Ela faz isso há anos e diz que é a única forma de protestar contra a corrupção na classe política. 'Tenho fé de que o projeto de lei vai mudar a mentalidade da população e, principalmente, vai investigar de forma mais rigorosa a vida dos parlamentares', explicou.

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