Renan: e se Dilma tirar o Ministério da Pesca do PMDB e contemplar o partido com pasta mais expressiva? |
Os arrupios têm a ver com a reforma ministerial que vem por aí e, tudo indica, começará até o final deste mês.
A expectativa dos peemedebistas daqui tem a ver com a nova conformação geográfico-político-partidária do primeiro escalão, especificamente no que se refere ao ministro da Pesca, Helder Barbalho, também presidente regional do PMDB no Pará.
Ninguém sabe, é evidente, qual será a extensão da reforma que Dilma fará. E muito menos alguém será capaz de saber até que ponto a posição do PMDB no governo será alterada para melhor - entendido por melhor a concessão de mais cargos de relevância ao partido, que se sentiu humilhando com as pastas com que foi aquinhoado pela presidente a partir de 1º de janeiro, quando ela tomou posse para o segundo mandato.
Mas anotem-se os seguinte detalhes, por relevantes - para não dizer relevantíssimos.
O grande fiador da ascensão de Helder ao Ministério da Pesca foi o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). É fato.
Renan, também é fato, transformou-se num poço até aqui de mágoa com Dilma porque ela: 1) Não ajudou Renanzinho, o filho dele, que governa Alagoas; e 2) Não teria feito nada para livrá-lo da lista do doutor Janot.
Tirar um peemedebista do Ministério da Pesca, e ainda por cima um peemedebista cujo nome foi bancado por Renan, não seria um bom negócio para Dilma, que assim se desgastaria ainda mais - perante o partido e perante o próprio presidente do Senado, com ódios aflorando à flor do coração e à flor da pele.
Mas, e se Dilma, na mexida que fizer, tirar o inexpressivo Ministério da Pesca da órbita do PMDB, contemplando o partido, em troca, com uma pasta de maior visibilidade?
É por isso que peemedebistas paraenses - alguns, é claro - estão começando a ter arrupios.
Arrupios cada vez mais crescentes.
3 comentários:
Renan não foi o fiador de Hélder, pelo menos segundo a coluna "Painel", da Folha de São Paulo, de 5 de janeiro passado:
Isca A irritação de Renan é tanta que ele brigou com Jader Barbalho (PA), aliado histórico, que negociou por fora a minúscula pasta da Pesca para seu filho, Helder.
Mas Renan quer mais camisas, e não trocá-las. Ele quer o Ministério das Cidades, o único com musculatura capaz de ajudar o filho dele no governo de Alagoas. De quebra, tirar o Kassab, que está montando um novo partido, do caminho. Hélder, cujo jornal tirou tanto sarro de Jatene por causa de pescaria, pode ficar pescando, sim.
Mas se Dilma colocar HB num ministério melhor...
Sem chance!
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