quarta-feira, 25 de março de 2015

Chega a época das viroses


Os atendimentos de casos de doenças causadas pelo período chuvoso aumentaram nos postos de saúde da capital. No posto de saúde da Pedreira, por exemplo, 80% dos pacientes atendidos diariamente apresentam sintomas de algum quadro de virose. Na unidade, são realizados cerca de 400 atendimentos diariamente, durante as 24 horas do dia. Apesar da alta incidência de virose nos postos de saúde, não há números oficiais registrados junto à Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) e à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), pois, na maioria dos casos, não é coletado material para que seja feito o diagnóstico preciso.
Entre os sintomas mais frequentes apresentados pelos pacientes que têm algum quadro viral estão febre, cefaleia, mialgia (dor no corpo), diarreia, congestão nasal e tosse. “Para evitar o contágio, é preciso lavar constantemente as mãos, colocar a mão sobre a boca ao tossir e evitar estar em lugares aglomerados. Além disso, é importante tomar bastante água, pelo menos dois litros por dia, e comer comidas saudáveis, como frutas e saladas, que aumentam a imunidade”, orientou a enfermeira Liliane Gonçalves. Segundo a profissional, o quadro sintomático da virose dura de cinco a sete dias.
A enfermeira destacou que o clima chuvoso e as mudanças bruscas de temperatura contribuem para o aumento da incidência de casos de virose. “Outra questão fundamental é que a maioria dos pacientes procura atendimento após se automedicarem, o que é um risco”, alertou. O estudante Marcos Antônio Souza de Brito, 14 anos, procurou atendimento, após apresentar sintomas como febre, dor de cabeça e coriza. “Estou me sentindo mal desde segunda-feira”, contou. O representante de medicamentos Alan Pinon, 25 anos, recupera-se de uma virose, após três dias com fortes sintomas. “Tive muita febre, dor no corpo e nos olhos. Os primeiros dias foram os piores”, relatou.
De acordo com administradora do posto de saúde da Pedreira, Fátima Santos, a vacina contra a gripe influenza só estará disponível na unidade em abril. O local conta com 20 médicos e 14 enfermeiros para realizar o atendimento à população. No Centro de Saúde Escola do Marco, administrado pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), é grande o número de pessoas que procuram atendimento médico por apresentar algum sintoma de virose. A situação se repete na Unidade Municipal de Saúde da Sacramenta.
O coordenador estadual de zoonoses, Reynaldo Lima, desmistificou que a leptospirose seja uma doença de maior incidência no período chuvoso. “O que ocorre é que os sintomas dessa patologia se assemelham aos de outras doenças, como virose e dengue. E, nesta época do ano, a coleta de material para diagnóstico da doença é maior, logo temos mais casos confirmados nesse período”, ponderou. Ano passado, 126 casos de leptospirose foram confirmados no Estado, dos quais 62 foram em Belém. Até ontem, 82 casos estão sob suspeita este ano e aguardam confirmação.

Um comentário:

Anônimo disse...

Enquanto isso...no congre$$o, a epidemia é de CLEPTOSPIROSE, transmitida pelas ratazanas cleptomaníacas que se alimentam do nosso dinheirinho!