sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Tesoureiro da OAB-PA se afasta do cargo para se defender

O tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará, Albano Henrique Martins Júnior, afastou-se do cargo para se defender.
Ele é um dos notificados pela Diretoria Nacional da entidade, para apresentar defesa na sindicância instaurada pelo Conselho Federal que examina a possibilidade de intervenção na OAB-PA, em decorrência de irregularidades envolvendo a venda de um imóvel da entidade para o advogado Robério D'Oliveira, negócio que acabou sendo desfeito por decisão unânime do próprio Conselho Estadual.
A confirmação do afastamento de Albano Martins já começou a repercutir entre colegas seus que integram o Conselho da Seccional da Ordem. "Demonstração de dignidade: Dr. Albano Martins se afastou do cargo de conselheiro tesoureiro da OAB/PA para se defender", disse há pouco, em seu Twitter, o também conselheiro Ismael Moraes.
No início de agosto passado, em conversa com o Espaço Aberto, Albano Martins já aparentava sinais de que poderia se afastar da entidade, por não se sentir confortável com o clima de confronto aberto que domina a entidade, desde que veio à tona o caso angu do imóvel.
"Eu acho que esse clima não vai ter fim", disse Albano ao blog, referindo-se a um ambiente de hostilidades mútuas, de confrontos, de embates e acusações recíprocas que ultimamente tem prevalecido entre grupos na OAB do Pará.
O então tesoureiro considerou que as exacerbações têm "superado todos os limites", daí porque achava muito difícil restaurar o clima de concórdia, de respeito e confiança que antes prevalecia entre os conselheiros, independentemente dos resultados das investigações que estão sendo feitas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Urubus e sabiás

"Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros.
Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa , e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.
— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...
— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.
E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...
MORAL: Em terra de urubus diplomados não se houve canto de sabiá."
Rubem Alves. "Estórias de quem gosta de ensinar"

Anônimo disse...

A verdadeira bomba vai explodir no dia 12 de setembro. Aguardem...