sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Condenada pelo TRE, Ana Júlia precisa sair da hibernação

Ana Júlia Carepa: é hora de desibernar
Os petistas - não todos - estão surpresos.
Achavam que, destronada Ana Júlia pelo tucano Simão Jatene, ela teria alguma trégua e poderia pensar até mesmo em engatar, digamos assim, uma primeira ou uma segunda em direção a um cargo federal aqui no Estado.
Os mais otimistas, logo depois que se consumou a derrota de Ana Júlia, achavam que ela até poderia despontar num ministério ou num cargo qualquer baseado em Brasília.
Que nada!
Não teve primeira marcha, segunda marcha, não teve cargo nenhum.
Nem lá, nem aqui.
Aliás, por aqui teve, sim.
Primeiro, as denúncias dos tucanos, desqualificando desde o primeiro momento o governo antecessor.
Depois, a aprovação das contas de Ana Júlia, com ressalvas, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Em seguida, voltam os tucanos com denúncias de que cumpanheros maquiaram as contas do empréstimo de R$ 366 milhões, exibindo nada menos do que 16 notas fiscais idênticas.
Posteriormente, o advogado Ismael Moraes ingressa com ação popular pedindo a nulidade da deliberação do TCE que aprovou, com ressalvas, as contas de Ana Júlia.
E por último, mas não menos importante, vem o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e surpreendente, numa decisão unânime, condena Ana Júlia por abuso de poder político e econômico e conduta vedada na eleição de 2010. Acusação: a assinatura de convênios, no valor de R$ 16,5 milhões, com 17 prefeituras, próximo ao período vedado pela legislação, tiveram o objetivo de beneficiar a candidatura da petista à reeleição dela. Resultado da condenação: enquadrada na Lei da Ficha Limpa, Sua Ex-Excelência está inelegível por oito anos.
E agora?
E agora que Ana Júlia, aquela que procurava em seu período de hibernação haurir (toma-te!), aspirar, sorver algum refrigério capaz de mantê-la como uma das lideranças do PT no Pará, pois aquela Ana Júlia, enfim, terá que sair da toca, terá que desibernar para cuidar urgentemente de garantir, no mínimo, a sua elegibilidade.
No mínimo.
Advogados, é certo, não lhe faltarão.
Inclusive aqueles que, com pareceres enviesados, levaram o governo dela a ingressar em aventuras das mais palpitantes como a dos kits escolares, por exemplo.
Se Sua Ex-Excelência tiver um terço do bom senso que lhe faltou nos quatro anos em que governou o Pará, vai desviar-se desses dotôres e procurar outros.
Imediatamente.
Para o seu próprio bem.
Para o bem de sua honra.
Para o bem de sua elegibilidade, agora ameaçada.

7 comentários:

Anônimo disse...

Putz, que azar o nosso, ainda não elegemos um governo comprometido com o povo e a coisa pública. Os governantes pensam que coisa pública é o que dá direito a embolsar o erário. O estado do Pará é igual àqueles pobres meninos ricos: têm grana mas são abandonados dentro de casa onde lhes falta dedicação, amor, cuidado e carinho.
Será que um dia teremos mais sorte, será?

Anônimo disse...

A condenação imposta pelo TRE à ex-governadora reforça a Ação Popular que um advogado ajuizou contra ela e o TCE. E por falar em TCE, este tem mesmo muito a explicar sobre essa invenção tão paraense como o açaí: a aprovação das contas dos governadores "com ressalvas"... Eheheh! Ora bolas, se as contas apresentam "ressalvas", é porque não estão nos trinques, e, portanto, soa rascante aprová-las. Está na hora de discurtir essa relação. É no que dá encher o TCE, um órgão que deveria ser eminentemente técnico, com políticos, muitos deles já repudiados nas urnas, e à base de conchavos que, no governo passado, foram de um ridículo a toda prova.

Anônimo disse...

Agora, chame o Putysgrila, donAna.
Ele foi parte muuuuuito integrante dessas, digamos, estrepolias cumpanheras!

Já víu que não adiantou nada alardear "o meeeeeeeu amigo Lula".

Agora, "guenta!

Anônimo disse...

Pior que o amigo Jader não foi. O Jatene que se cuide senão vira bolsa de madame.

Anônimo disse...

O TJE do Pará tão rígido com uns e tão elástico com outros. Nesse caso, interpretou a lei de forma elástica para condenar a ex-governadora. A lei veta assinatura de convênios em perído eleitoral, mas o tribunal resolveu estender o entendimento também ao período Pré-eleitoral. Assim sendo, melhor fosse que não houvesse reeleição, pois dessa forma o governo fica paralisado em ano eleitoral, como se as necessidades do povo pudessem esperar.

Anônimo disse...

Que tal acabarem com estes Tribunais de Contas? Acho que ninguem sentiria falta e o Estado faria uma baita economia. É muito cara de pau desta gente aprovar contas com ressalvas e
o pior, ninguem "bufou" contra estes fatos.

Anônimo disse...

Ana Júlia foi condenada apenas a pagar multa. E para a raiva e desgosto de muita gente, ela vai ser a próxima Prefeita, pois não ficou inelegível. Espaço aberto, informe-se melhor e não fique informando notícias inverídicas por favor. Seu Blog é muito conceituado e não pode ficar informando coisas erradas. Um Abraço