segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Terruá e uma pitada de ressentimento

Do diretor de Jornalismo da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), Paulo Silber, sobre a postagem "Brasil, olha mais o Pará", em resposta a um Anônimo que critica o Terruá Pará:
Com toda a suspeição que me cabe, por trabalhar com o secretário de Comunicação, e toda a isenção que me é reconhecida em 26 anos de profissão e bons duelos no currículo, creio que os comentários do Sr..., como direi... Sr. Anônimo (?) exalam ressentimento, com uma pitadinha do buquê da amargura. Mas posso estar enganado, é claro. Seria mais fácil decidir se o Sr. Anônimo se identificasse. É difícil olhar nos olhos da sombra, prefiro as pupilas do senhor reitor.
Independentemente disso, todo mundo tem direito a opinião, lógico - até o Sr. Anônimo, que dispensa os privilégios da democracia para se fazer de hiato em vez sílaba tônica. Sabe Deus por quê...
O Terruá Pará foi um sucesso inegável, seu orçamento está disponível para qualquer cidadão no Portal Transparência do Governo do Estado e até mesmo os recursos planejados para a sua continuidade (viu, Sr. Anônimo, o evento não se esgotou em dois dias, tolinho) estão previstos na Agenda Mínima de Governo. Como foi dito pelo cabra da peste dos bons Carlos Mendes, o grande barato é que a cultura se torna efetivamente uma questão de Estado, independentemente de quem exerça o poder. Para sorte dos artistas paraenses, o Ney Messias está no comando desse projeto. Ele é safo, como tem provado. E olha que elogio não é minha praia, nem em causa própria; eu não sou tucano, pois admiro o Jatene mas não votei nele (quem sabe quando eu tiver de novo um título, eu vote); e tenho certeza, porque estou na condição de plateia e não almejo virar atração, que o critério de escolha para os artistas que compuseram esse caleidoscópio cultural foi corretíssimo - ainda que eu não goste de brega e tenha aversão ao chique. Talvez tenha faltado o Sr. Anônimo, mas como vou saber se ele não se apresenta? Sempre falta alguém nessas circunstâncias. Para minhas preferências eu tenho o som do carro e o de casa: não são o suprassumo da modernidade, mas me alcançam as grandes orelhas, o que é de bom tamanho. O domínio público é da maioria.
O debate é bom, Sr. Anônimo! Identifique-se, que você poderá até convencer, não sei se a mim, exatamente, mas a muita gente. E quem sabe as suas opiniões, abalizadas pelo cidadão que é, com nome e sobrenome, nos permitam melhorar o Terruá Pará - que tem longa vida pela frente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu não sou o anônimo desse comentário, mas acho um abuso esse autoritarismo do "identifique-se". Quando nós votamos não nos identificamos e o nosso voto é validado. Se isso um dia ocorrer, eu juro pela fé da mucura, que passo a me identificar em todos os blogs. Menos, menos, ou "menas" arrogância só faz bem.
Só uma coisa: a região norte não sabe vender a sua cultura e tem que aprender com o nordeste que levas os turistas das outras regiões para conhecer praias (aqui temos sol o ano todo), rítimos, culinária, artistas e belezas em geral. O show foi um sucesso? Ótimo, ponto para o Pará, mas não podemos parar aí, precisamos de estrutura simples para receber turistas e dos próprios para "vender" tudo de bom que temos.
Vocês viram aquele mala careteiro ontem no Fantástico tomando Açaí?

André Costa Nunes disse...

Ave, Silber,
Hás de convir que faz sentido o que o diz anônimo das 8:10, quanto ao anonimato em blogs, embora este não seja o meu feitio, pois sou apenas escroto assumido. Fora isto, teu comentário foi ótimo. Este é o Paulo Silber que conheço de outros carnavais. Escroto também.
Ao te contratar o Ney provou que tem coragem de mamar em onça. Por essa e por outras, já merece 93 anos e sete meses de indulgências plenárias (de um máximo de 100).
a): André Costa Nunes
Morador da Estrada do Uriboca
3.000, Bairro do Pato Macho - Marituba.
www.terradomeio.com.br
andre@terradomeio.com.br