Jornais de Belém noticiaram com destaque, no último final de semana, a irresignação de sindicalistas contra o afastamento de um caixa do posto avançado do Banpará na Assemblia Legislativa, depois da constatação de que cerca de 80 cheques foram liberados para pagamento, mesmo sem as necessárias assinaturas do presidente da época, Mário Couto, e do primeiro-secretário, José Megale, ambos tucanos.
O funcionário afastado, em entrevista à TV Liberal e ao jornal O LIBERAL, confirmou com todas as letras que fez o que fez porque sofria pressões quase, digamos, irresistíveis de Sua Senhoria o doutor Sérgio Duboc, que era diretor Financeiro da Assembleia e agora, foragido após ter a prisão preventiva decretada, é um dos denunciados no escândalo na Alepa.
Pois é.
Os sindicalistas foram se queixar ao Ministério Público. E o promotor Nelson Medrado, ao que se soube, já disse que vai chamar os funcionários que sido alvo de pressões - mas mesmo assim liberaram o dinheiro - para prestarem esclarecimento, ajudando a desvendar mais esse nó dentro dos milhões de nós que se transformaram essas fraudes na Assembleia.
Pois é.
Conviria ao promotor chamar, além dos funcionários, aqueles a quem eles se reportaram no período em que as supostas pressões de Duboc foram desencadeadas.
Porque é claro, tão claro como a luz do Sol que nos ilumina todo dia, que o caixa do posto avançado não pagaria os cheques - que tinham no verso apenas a assinatura de Daura Hage, outra denunciado pelo MP - sem o aval de gente acima, no caso, o gerente do posto. E o gerente também não autorizaria se não tivesse o aval, como diríamos, de cima.
Acima do caixa, portanto, há uma cadeia de responsabilidades imensa, que poderá levar até ao comandante em chefe do Exército do Afeganistão.
Aliás, uma providência elementar poderia até dispensar o promotor Nelson Medrado do trabalho de ouvir os funcionários do posto que teriam recebido as supostas pressões de Duboc.
Bastaria que o doutor Medrado requisitasse os relatórios das auditorias feitas à época em que ocorreram os fatos.
Esses documentos vão mostrar ao promotor que operações e procedimentos do posto do Banpará na Assembleia passaram com louvor pela aprovação dos auditores.
Então, é assim: auditores do Banpará aprovaram o pagamento dos cheques sem assinaturas.
Como é possível, agora, apenas o caixa pagar por tudo isso?
6 comentários:
O Sergio Duboc, creio que não recebia estes cheques com revolver em punho, a Diretoria do Banpará creio eu que não aprovaria esta irregularidade, portanto os caixas que pagaram e os auditores que liberaram estes pagamentos são os principais responsaveis por estes pagamentos irregulares. Ninguem pode pagar cheques sem assinaturas!
Detalhes sórdidos:
- O chefe da auditoria, à época, hoje é Diretor do Banpará;
- O Diretor Financeiro do Banpará, à época, hoje é presidente do Banpará.
- Somente o CAIXA foi punido.
E a auditoria da ALEPA, também, aprovava as liberações dos cheques sem as assinaturas do presidente e do 1º secretário? Com a palavra da Dr. Cilene Couto, que era a auditora chefe à época! Pois, não.
Que tal investigarem essa "cadeia (ui!) alimentar"?!!
Este caso quebrou ou quebrará no mais fraco, espero que a bronca da OAB tambem não seja o varredor o punido.
Caixa de banco nenhum é obrigado a pagar cheque sem assinatura. Se havia pressão, então, ele devia era denucniar, inclusive ao Sindicato, ao invés e pgar o que era -e é, totalmente irregular.O Sindicato está é tentando forçar uma barra. Mas não cola não.
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