quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Participação popular garantida em audiência pública

De leitor que se assina com as iniciais N. M., sobre a postagem Ministério Público questiona modelo de audiência pública:

Realmente, absolutamente infeliz a escolha do teatro para a audiência; subestimou a participação local mesmo tendo sido mais de mil pessoas em Brasil Novo e Vitória do Xingu e uns cinco mil em Altamira.
Os "organizadores" resolveram colocar outras 500 cadeiras na praça dos artistas com telão, sendo garantida intervenção dentro do teatro aos interessados. Mas, justiça seja feita, mesmo que todos os manifestantes ficassem, não lotariam nem metade do ambiente preparado em última hora.
A segurança não impedia a entrada de ninguém, impedia a entrada de materiais que pudessem ser usados como armas.
E como não havia participação popular garantida, se absolutamente todos poderiam se inscrever, intervir por três minutos, com direito a mais três após obter a resposta da mesa?
Se 50 manifestante se inscrevessem, por exemplo, teriam cinco horas de fala. A mesa é obrigada, pelo regulamento, a atender a todos, tanto que em Altamira ficaram até as 2h30 da madrugada na sessão.
Os indígenas presentes ontem [15] podem até ter se retirado junto com os manifestantes, mas logo que chegaram garantiram que só poderiam ficar em Belém até as 20h.
Em Altamira, Paulinho Paiakan e os 150 indígenas se retiraram no meio da sessão porque não aguentavam o barulho provocado pelos manifestantes. Não estavam conseguindo acompanhar a apresentação e o debate. Estão divididos também, muitos querem, com garantias, e muitos não querem. Foram lá para debater.
Ontem, tinha mesmo mais movimento contra movimento - "meia dúzia de gatos pingados" - do que contribuição crítica ao projeto. Isto sim, faria diferença no processo. Afinal, o projeto Belo Monte, ex-Kararao, já mudou bastante e justamente porque há contribuição de alguns segmentos sociais.

2 comentários:

Anônimo disse...

Veja-se o tamanho da molecagem dos tais manifestantes: um figurante do MST, o de boina, que estampou a capa do Diário do Pará, resolveu provocar a turma do "sim, Belo Belo Monte, eu quero" sentando na cadeira que a mulher deixou de ocupar momentaneamente para ficar em pé e protestar a favor. Foi um momento em que todos da plenária se voltaram para lá, porque quase vão aos tapas. Isso é movimento, é? Que diabos de militantes são esses? Cadê o enfrentamento de idéias e projetos? É isso aí, sr. ou sra. N. M, vamos qualificar esse debate. Já que chegaram cedo - sim, vieram fechando avenidas até chegar lá à tarde ainda - que ocupassem com seus miolos todas as cadeiras do teatro, se inscrevessem todos por primeiro e tirassem até o último fio de cabelo das "otoridades" com seus quistionamentos.

Anônimo disse...

êta cometariozinho mais calhorda esse das 14:34! Defenda seu lado sem apelação, anônimo. Se não tem argumento mais consistente, melhor calar.