No AMAZÔNIA:
Asmático, o estudante de Direito André Felipe de Souza, de 19 anos começou a apresentar os sintomas da gripe suína, no último dia 26, e foi levado pela mãe, a enfermeira Ana Paula Nogueira de Lima, ao Hospital São José, em Castanhal, onde moram. No hospital, André foi medicado, internado e teve seu caso notificado à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), que levou até ele o Tamiflu. No dia seguinte (27), André teve alta. Porém, cerca de 24 horas depois, voltou a piorar e, com o agravamento de seu quadro, a mãe o trouxe de Castanhal até Belém, onde procuraram atendimento no Hospital Saúde da Mulher, que teria deixado o paciente por quase 24 horas em um consultório sem banheiro e sem o menor cuidado no atendimento a um paciente do grupo de risco.
Ana Paula Nogueira diz que o atendimento no Hospital São José, em Castanhal, foi bom, diferente do que o filho dela encontrou no Hospital Saúde da Mulher. 'Quando cheguei a Belém com o meu filho, resolvi levá-lo para o ‘Saúde da Mulher’. Lá, nenhum exame, medicação, nada foi feito. Só deram um soro e o aerosol a ele. Eles (os médicos) disseram que era pra internar, mas não tinha leitos. Meu filho foi deixado em um consultório que mais parecia um cubículo, com apenas uma maca dentro. Nem banheiro e pia tinha', critica a mãe do paciente.
Segundo ela, o hospital não dispõe de um setor de isolamento para pacientes que são recebidos com a suspeita da gripe suína. 'Nunca vi tanto descaso com a vida humana. Como é que se coloca um paciente com suspeita da gripe em um consultório, permitem que ele faça aerosol num espaço onde há crianças e idosos sem a menor responsabilidade?', questiona Ana Paula, que é portadora do Plano de Assistência a Saúde (PAS).
André Felipe ficou de 17h do dia 28 até 17h do dia 29 na pequena sala do hospital. De acordo com a mãe, um caldo foi servido em um copo descartável. 'Meu filho teve fome e só serviram um caldo num copo descartável. Que espécie de atendimento é esse?', reclama a mãe do paciente, que foi atrás do médico plantonista para saber a situação do filho e cobrar o porquê de ele não ser internado ou até encaminhado à outro hospital. 'Ouvi um enfermeiro perguntar ao médico sobre o meu filho e ele disse que não sabia. Fui até ele e perguntei quem saberia falar sobre o caso do meu filho, já que ele, enquanto médico, não sabia. Como vi o descaso dele, disse que iria procurar meus direitos, inclusive a imprensa, e ele disse que eu podia fazer o que quisesse', contou Ana Paula Nogueira.
Um comentário:
Impressionante que sempre este hospital está vinculado a notícias desagradáveis.
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