terça-feira, 1 de setembro de 2009

Negociação parada aponta para 'situação insustentável'

No AMAZÔNIA:

Para o presidente Sinditaf, Charles Alcântara, a situação dos servidores é insustentável, devido a negociação ter sido paralisada na semana passada sem fechamento de acordo. 'Estamos desde o dia 23 de junho explicando a nossa pauta de reivindicação. Sem nos dar nenhuma resposta quanto a estas clásulas, simplesmente o governo paralisou as negociações e sequer nos fizeram alguma proposta', afirma.
Já Barreto destaca que a proposta está feita, e que a continuidade do processo depende da aceitação do sindicato. 'Estamos propondo a extensão da gratificação de Produção Variável Individual, que hoje não é recebida por 43% da categoria. Isso melhora em R$ 1,8 mil os salários. Além disso, sugerimos alteração na Gratificação de Produção Variável pela Arrecadação, com crescimento de 2 a 6%. E por último queremos transformar estas mudanças em Projeto de Lei, autorizado inclusive na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa)', revela. As mudanças provocam um impacto de R$ 4,2 milhões na folha do Estado. Trindade afirma que a greve não conseguiu paralisar os serviços da Sefa. 'Não está nada parado - apenas o movimento nos postos de atendimento é tranquilo neste período do mês', diz.
A categoria denuncia também supostos atos de violência praticados pela Polícia Militar, na noite do último sábado, quando parte dos servidores em greve ocuparam a barreira de Itinga, na divisa do Pará com o Maranhão. Segundo conta a servidora Simone Prado, parte da categoria se mobilizou para impedir que fossem cobradas as notas fiscais aos caminhoneiros que passavam pelo posto. 'No entanto, os colegas que não aderiram à greve se anteciparam e começaram a parar os caminhões antes da barreira. Quando foi anoitecendo, decidimos fazer uma barreira na entrada do posto. Como vimos que os caminhões estavam vindo em nossa direção, sem parar, deitamos no chão. Foi então que a PM começou a espirrar spray de pimenta e bomba de gás lacrimogêneo', conta. Trindade afirma que não houve nenhum tipo de confronto, e que a polícia esteve no local apenas para manter a ordem.

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