No AMAZÔNIA:
Um ônibus da empresa Transurb que fazia a linha UFPA-Cidade Nova VI perdeu o controle, colidiu violentamente com um veículo e destruiu a fachada de um estabelecimento comercial situado à margem da rodovia Transcoqueiro, no bairro do Una, ao final da tarde de ontem. O veículo de transporte coletivo, de placas JUL-5279, teria tido um problema na barra de direção à hora em que se aproximava do conjunto Valparaíso. Apesar da violência do choque, não houve feridos graves. Os maiores danos foram no estabelecimento, cuja estrutura ficou comprometida com a colisão, e no Chevrolet Celta de cor preta que estava estacionado à porta do local, que sofreu perda total. O fornecimento de energia elétrica também ficou interrompido no local, já que um poste também foi destruído pelo ônibus.
Segundo funcionários e moradores do entorno, a colisão se deu por volta das 17h, quando o movimento de coletivos na Transcoqueiro era intenso. O ônibus trafegava normalmente no sentido Augusto Montenegro-Coqueiro, sob uma chuva fraca, até que o motorista subitamente ouviu um estrondo e perdeu o controle da direção. 'Estava a uns 40 km/h e de repente não conseguia desviar de mais nada. A direção jogou para a direita sozinha, não pude fazer nada', disse o condutor, que preferiu não ser identificado.
O coletivo se chocou primeiro com o Celta de placas NSF-8806, que estava estacionado na calçada, sem nenhum passageiro dentro. O impacto foi tamanho que o veículo foi jogado para uma passagem que cruzava com a Transmangueirão, próximo à garagem de uma empresa de ônibus. Em seguida, o coletivo atingiu um poste de energia, derrubando também a fachada de um armarinho de dois andares. Fora a varanda do segundo andar, que foi completamente destruída, a colisão ainda fez surgir várias rachaduras nas paredes do imóvel. 'O estrondo foi tão forte que a gente pensou que a casa fosse desabar. O segundo andar está todo comprometido', disse o vendedor Pedro da Costa.
Os proprietários do Celta - que possuía seguro - e do imóvel ouviram a versão do motorista e optaram por não culpá-lo pelo acidente. No entanto, a empresa deverá ser responsabilizada pelo problema mecânico do ônibus. Houve muita polêmica em relação ao destino que o estabelecimento comercial teria. Uma das moradoras, a autônoma Nicete Nunes temia pela segurança de sua família, que reside no segundo andar. 'A gente ainda vai chamar o Corpo de Bombeiros para que uma perícia seja feita. Até porque ninguém quer ir dormir e, de repente, ver a casa desabar sobre nossas cabeças', disse.
Viaturas da 5ª Zona de Policiamento (Zpol) da Polícia Militar (PM) foram acionadas para fazer a segurança do local, enquanto as equipes de perícia não chegassem. Os passageiros do coletivo foram postos em outro veículo, sendo que alguns tiveram escoriações e preferiram ser conduzidos a unidades de saúde próximas. Segundo o tenente Rodrigo, comandante de uma das guarnições, o fornecimento de energia elétrica teve de ser interrompido em algumas ruas do bairro do Una por conta da queda do poste. Até o final da tarde, no entanto, nenhum técnico das Centrais Elétricas do Pará (Rede Celpa) havia comparecido ao local para realizar vistoria.
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