terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Executivo no ritmo de Carlos Minc

De Daniel Nardin, sobre a postagem Discurso em ritmo de reggae. É Minc. Puro Minc.:

Ia começar com críticas ao ministro. Mas as críticas são tão visíveis quanto a dança de Minc. Isso não é postura de ministro, diriam os mais críticos. Aliás, a menor das críticas.
Aí, os esquerdistas de plantão dirão: 'Esse sim, é um ministro que fala a voz do jovem, do povo. Isso sim que é bacana. Ele não tem frescura, não tem hipocrisia'.
Tá.
Mas, será esse o modelo de ministro que queremos? Será esse o modelo de ministro que precisamos?
Ao invés de gritar palavras de ordem “Viva a Natureza”, ele não deveria, como ministro que é, sentar numa mesa com pesquisadores da Amazônia e definir soluções práticas e reais para essa questão?
Encarar a questão pela sua complexidade. Tal como ela de fato é.
O tema meio ambiente será um dos principais pontos no debate presidencial de 2010, quando os regionalismos serão minimizados na discussão de abrangência nacional.
E se pensará na Amazônia, uma vez mais, como um todo. Sem gente, sem voz e desconhecida. Por isso que, de cara, Marina Silva mostrou que vai sim dar uma balançada no jogo. E precisa.
Balançada ideológica e no nível do debate. E não balançada das cadeiras. Nada contra dançar.
Aliás, um ministro tem seu momento de lazer, claro. Mas, ao misturar lazer com política, ele abriu a brecha para virem as críticas.
Agora, que aguente as consequências. Ou ele não sabe que qualquer palavra pronunciada terá sempre um celular ou câmara pronta para ser acionada? Hoje em dia, com Twitter, Youtube e Internet, é assim.
Por isso, a postura deve ser observada em público sempre.
E a palavra de um ministro mostra que rumo o Executivo está adotando.
E enquanto tivermos um ministro do meio ambiente com essa pose a la Carlos 'Uhú' Minc, o debate fica vazio, inóspito e burro.
Viva?

Um comentário:

Luiz Otavio Braga disse...

O ministro conseguiu o que ele sempre almeja: holofotes e falação em cima da pessoa dele. É uma pena que seja mais famosos por seus coletes e suas atitudes espetaculosas formatadas para a mídia do que por ações efetivas em prol da Amazônia real.