sexta-feira, 13 de março de 2009

Servidores paralisam hoje

No AMAZÔNIA:

Os funcionários públicos municipais de pelo menos três setores paralisam suas atividades hoje para pedir a revogação do decreto 57.192/08, da Prefeitura Municipal de Belém (PMB), que suspendeu as vantagens transitórias concedidas aos servidores. Profissionais das áreas de saúde, educação e segurança pública confirmaram participação na manifestação desta manhã, a partir das 8h30, que parte do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN) até a sede da prefeitura, onde devem ser recebidos pelo prefeito Duciomar Costa.
A previsão, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Pará (Sindsaúde/PA), um dos articuladores da paralisação, é de que pelo menos dois mil servidores participem da manifestação. O movimento deve ganhar adesão dos motoristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que interditaram o trânsito na avenida Nazaré, na semana passada, para protestar contra o corte dos adicionais de periculosidade, noturno e de férias. De acordo com o Sindsaúde, a Secretaria Municipal de Administração (Semad) não cumpriu o acordo firmado com os trabalhadores, que previa o pagamento de parte dos benefícios suspensos até a última quarta-feira, 11.
A orientação do sindicato é para que apenas 30% dos profissionais que atuam em Unidades de Urgência e Emergência continuem trabalhando, para cumprir a exigência prevista por lei. Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a ordem é pela paralisação geral. 'Naqueles postos que são de atendimento ambulatorial a gente pediu para os funcionários fecharem as portas e aderirem à luta', afirmou Fátima Luz, coordenadora do Sindsaúde. Segundo ela, com a suspensão das vantagens transitórias, alguns servidores tiveram perda salarial de até R$ 800. Na pauta de reivindicações, os trabalhadores vão cobrar também o estabelecimento de um novo prazo para o pagamento das perdas salariais que, segundo o sindicato, a prefeitura deveria ter começado a pagar em janeiro deste ano. Outras exigências são plano de carreira e melhores condições de trabalho.
A paralisação da saúde não deve contar com a adesão dos médicos, que, de acordo com João Gouveia, do sindicato da categoria, estão em outra mesa de negociação com a prefeitura. Os médicos se reúnem com o prefeito Duciomar Costa, na semana que vem, para discutir perdas salariais e o atraso no pagamento dos plantões, que estariam motivando a falta de médicos nas unidades, sobretudo nos finais de semana e feriados prolongados.
Em nota, a Sesma esclareceu que a paralisação das atividades não se restringe à área da saúde, mas abrange todas as categorias dos servidores municipais e lembrou que, apesar da greve ser um direito legítimo, deve ser garantido o percentual de pelo menos 30% no atendimento, visto que a saúde é um serviço essencial.

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