No AMAZÔNIA:
O autônomo Alexandre Quadros da Silva, de 30 anos, está sendo procurado pela polícia, acusado de tentar estuprar a filha, de 12 anos, na tarde de anteontem. A vítima foi amarrada com as mãos para trás e ameaçada com uma faca. Apesar disso, lutou contra o agressor e conseguiu impedir que o estupro fosse concretizado. A mãe da garota, que é doméstica e que terá a identidade preservada, saiu para o trabalho de manhã deixando as duas filhas, de 7 e 12 anos, com o pai. A família mora no Distrito Industrial de Ananindeua.
Segundo a denúncia, Alexandre, aparentando estar drogado, mandou, no final da tarde, que a filha mais velha fosse tomar banho. A garota disse que só iria depois que terminasse de dobrar as roupas que havia retirado do varal. Alexandre, já agressivo, ordenou que a filha fosse tomar banho imediatamente.
Quando estava no banheiro, já sem roupas, Alexandre arrombou a porta. A menina disse que tentou proteger o corpo com uma toalha, mas o pai rasgou o tecido. Em seguida, usando ataduras, ele amarrou as mãos da filha para trás. Ameaçando-a com uma faca, a obrigou a deitar-se sobre o vaso sanitário. Em seguida, ele tentou estuprá-la, mas a vítima resistiu, debatendo-se e empurrando o pai com as penas. Ela conta que a tortura e a luta para se desvencilhar do agressor durou cerca de meia hora. Ela também disse que tentou pedir socorro aos vizinhos, mas o barulho da forte chuva que caía no momento abafava os sons. Além disso, o pai agarrava-lhe o pescoço e a ameaçava com a faca quando ela tentava gritar.
Mesmo sem penetração, Alexandre teve orgasmo. Depois, desamarrou a vítima e mandou que ela fosse para o quarto dormir com a irmã. Disse que a mataria caso ela contasse o ocorrido à mãe. Alexandre saiu da casa dizendo às filhas que iria comprar comida e que voltaria logo, mas não voltou.
Por volta das 18h30, a mãe das crianças chegou em casa, achando as filhas sozinhas. Após ouvir o relato desesperado da filha mais velha, a doméstica foi à Seccional de Ananindeua e comunicou o crime à polícia. Várias equipes da 14ª Zona de Policiamento da Polícia Militar saíram à procura de Alexandre, indo à casa de amigos e familiares dele, mas não o encontraram.
Trauma - A mãe e as duas crianças foram se abrigar em casa de parentes, em outro bairro de Ananindeua. Segundo os policiais que atenderam as duas na seccional, a criança está muito abalada emocionalmente e tem várias marcas da agressão pelo corpo. 'Os punhos dela, por exemplo, estão bastante machucados de tanta força que fez para tentar se soltar durante a violência que sofreu', descreve o escrivão Sebastião, plantonista da Seccional de Ananindeua. O policial disse também que será pedida à Justiça a decretação da prisão preventiva do acusado.
Ontem de manhã, a vítima seria submetida a exames de conjunção carnal e atos libidinosos diversos da conjunção carnal, no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. O procedimento vai embasar o inquérito policial.
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