Em fevereiro passado, o rapper Chris Brown muquiou – como se diz por aqui – sua namorada, a também cantora Rihanna.
Agrediu-a e deixou-lhe marcas.
Muitas.
No rosto, inclusive.
E aí?
E aí que Rihanna se reconciliou com o agressor.
Que muito provavelmente vai bater nela outra vez.
Normalmente é assim.
Rihanna é um péssimo exemplo para mulheres agredidas.
Se mulheres agredidas resistissem aos seus amores e nunca mais se reconciliassem com quem os agrediu, talvez nem precisasse de Lei Maria da Penha.
Mas existe o perdão, não é?
O perdão é que é.
O perdão é um gesto nobre, admitamos.
Mas, quando o perdão é indiscriminado e sem critérios, é nisso que dá: em agressões físicas, muitas delas horríveis, que causam lesões como as que afetaram a própria Maria da Penha. As agressões se tornam frequentes, viram rotina e assim contribuem para humilhar, para degradar a condição feminina.
Mulheres, não se mirem no exemplo de Rihanna.
Não se mirem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário