No AMAZÔNIA:
A motorista diz que hoje o respeito com ela é maior, mas logo que começou era bem diferente. 'Quando entrei na empresa dirigia somente as vans. Mas minha vontade mesmo era dirigir os ônibus. Tanto que quando eles eram fretados e um outro motorista era escalado para ir, eu conversava com ele e trocava. Ia eu no lugar dele. Foi isso que mostrou meu potencial ao chefe, que não acreditava quando os clientes iam até a empresa pedir para ser eu a motorista. Ele dizia que não tinha nenhuma motorista de ônibus. Depois de um tempo confiou em meu trabalho e me deixou dirigir um dos ônibus', relembra Eunice, que diz que apesar da confiança do chefe liberá-la para guiar um ônibus, sofreu algumas represálias dos colegas de trabalho. 'Teve gente que queria até sabotar o veículo que eu guiava para dizer que eu estava quebrando os carros da empresa. Mas graças a Deus, tudo foi esclarecido'. A mulher que já viajou praticamente o Brasil de caminhão e já foi até o Chile nesse veículo, diz que hoje agradece muito a sua chefa Noely, presidente da empresa funerária e uma pessoa que confia bastante no trabalho da motorista, que herdou da mãe o gosto pela boléia de um caminhão e hoje já passa à filha, uma jovem de 26 anos esse gosto. 'Minha filha mora em São Paulo e trabalha como comissária de bordo, mas ela também dirige caminhão, pois eu a ensinei', conclui a alegre Eunice.
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