No AMAZÔNIA:
Senadores membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia chegarão somente amanhã a Belém. Inicialmente a chegada estava prevista para esta quarta-feira. O motivo da mudança não foi divulgado pela comissão. Para hoje, foi marcada uma reunião entre os integrantes da CPI, no Senado Federal, para discutir os rumos das investigações no Estado do Pará.
O senador José Nery (PSOL-PA), que integra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), adiantou que a permanência da comissão no Pará não se restringirá à coleta dos depoimentos de João Carlos de Vasconcelos Carepa, o Caíca, irmão da governadora Ana Júlia - acusado de ter molestado uma contra-parente quando ela tinha 11 anos - e do deputado estadual Luiz Afonso Sefer (DEM), que teria abusado sexualmente de uma menina de 9 anos por três anos seguidos.
'Na reunião serão discutidos os horários das audiências que teremos com as autoridades do Pará, realizaremos a aprovação de novos requerimentos e iremos decidir se haverá novas convocações para depoimentos à medida que as investigações forem realizadas', explicou Nery. Ele disse que as atividades da comissão começam na tarde de amanhã.
Uma das pautas a serem cumpridas pelos parlamentares, no período em que estiverem em Belém, é o encontro com os membros da CPI da Assembleia Legislativa, que investiga crimes de pedofilia no Estado. Estão previstas audiências com a governadora Ana Júlia Carepa (PT), com o presidente da AL, deputado Domingos Juvenil (PMDB), e com representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
O senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI do Senado, juntamente com os outros integrantes da comissão, irá ouvir oito pessoas. Além dos acusados, há uma lista de convocados na condição de testemunhas, como a adolescente que denunciou Luiz Sefer; a delegada da Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) da Polícia Civil do Estado do Pará, Maria do Perpétuo Socorro Maciel; a coordenadora do Programa Pró-Paz, Eugênia Sandra Pereira Fonseca; o médico da cidade de Mocajuba Estélio Guimarães, que teria tratado das crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, e o bispo do Marajó, dom Luiz Azcona, que denunciou os casos de pedofilia na região.
Conforme Nery, a ida da comissão ao Estado é uma forma encontrada para contribuir com o esclarecimento das denúncias sobre pedofilia. 'Procuramos elementos e informações que comprovem que essas autoridades estejam envolvidas com os abusos sexuais contra as crianças', disse.
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