terça-feira, 24 de março de 2009

Lira Maia defende divisão territorial

O deputado federal Lira Maia (DEM-PA) defendeu ontem, da tribuna da Câmara, a divisão territorial do País para a criação de vários Estados, inclusive o do Tapajós, que teria Santarém como capital.
A idéia de promover uma redivisão do território brasileiro é antiga, destacou o deputado. Remonta ao ano de 1853, quando se propôs a divisão do império brasileiro em 40 províncias, dentre elas, a do Tapajós, tendo por objetivo garantir a soberania brasileira na Amazônia e, principalmente, impulsionar o desenvolvimento econômico, social e político do Norte do Brasil.
“Precisamos por um ponto final nesta discussão e acredito que esse final deva ser com a criação do nosso Estado do Tapajós”, defendeu o parlamentar. Dados consistentes, segundo Maia, demonstram que a viabilidade econômica do novo Estado é incontestável.
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2007, disse o deputado, concluiu que a distribuição do PIB total e per capita ficaria concentrada no Estado do Pará e atingiria aproximadamente R$ 12,3 bilhões.
Quanto ao Estado do Carajás, cuja possibilidade de criação também foi considerada pelo estudo do IPEA, apresentaria, com base em dados de 2003, um PIB de cerca de R$ 6 bilhões. E o Estado de Tapajós apresentaria um PIB em torno de R$ 3 bilhões, no mesmo ano-base.
Ainda levando-se em conta o PIB per capita, e com base no período entre os anos de 2000 e 2003, demonstra o Ipea que, se os três Estados já tivessem sido desmembrados, Tapajós e Carajás apresentariam ótimo desempenho, decorrente de um crescimento anual do PIB per capita em torno de 7% e 5%, respectivamente, disse o deputado do DEM.
Uma vez consolidada a divisão territorial proposta, e ainda segundo o Ipea, entre os dez municípios com os maiores Índices de Desenvolvimento Humano, quatro passariam a pertencer ao novo Estado do Pará, três ficariam no Estado de Tapajós e outros três no Estado de Carajás, informou Maia. Os três melhores municípios, em termos de IDH, estariam situados no novo Estado do Pará.
“Os dados e as informações aqui apresentados demonstram a necessidade de lograrmos não só uma divisão mais eqüitativa do território paraense, como também de oferecer condições de vida mais justas e oportunidades de trabalho mais dignas para a população local”, concluiu o deputado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu sei qual é esse desempenho econômico...

é em cima dos salários pagos pela nova carga de funcionalismo. Uma verdadeira Côrte Portuguesa.

Ha, sem se esquecer dos sojeiros.