O ex-vereador Raul Meireles, um dos mais notáveis da entourage do prefeito Duciomar Costa, assina artigo intitulado “CPI sem fato, nem prazo”, que O LIBERAL publicou na última sexta.
Aborda a rejeição, pela Mesa da Câmara, de requerimento que pedia a instalação da CPI da Saúde.
Os dois últimos parágrafos são os mais interessantes.
Diz Sua Senhoria no penúltimo parágrafo.
Aos vereadores mais antigos, desnecessário falar, mas os novos, em especial os de primeiro mandato, têm que saber o quanto é lesiva ao interesse público a atitude tomada pela oposição ao tentar engessar o governo municipal, utilizando inadequadamente a CPI como instrumento de um objetivo meramente politiqueiro, ou, pior, por razões inconfessas. Faz crer que tudo não passa de um espalhafato demagógico para impressionar a sociedade com o espetáculo, na qual o interesse midiático estimula o vale-tudo e o que se investiga é suplantado pelo como se investiga.
Lesivo ao interesse público é um prefeito que fez de sua administração o emblema do caos.
Lesiva ao interesse público é uma administração em que o setor de Saúde se transformou na antesala da morte; ou das mortes.
Lesiva ao interesse público é uma gestão em que os pobres morrem à porta ou dentro mesmo dos pronto-socorros, por absoluta desassistência.
Lesiva ao interesse público é uma gestão que escala porta-vozes para dizerem que é lesivo ao interesse público a pretensão de investigar interesses públicos lesados.
No último parágrafo, diz o articulista.
É lamentável constatar que a maioria dos vereadores que subscrevem a CPI pertence a partidos políticos que são governo em Estados e/ou município. Para esses, é importante deixar consignada a lição do eminente ministro Eros Grau para quem “o direito é como o fármaco, é como o remédio: ele ao mesmo tempo pode ser o remédio que salva, mas pode ser o remédio que mata. É exatamente a medida do remédio que salva e do veneno que mata”.
Tem razão o ministro Eros Grau.
Tem razão Raul Meireles em citá-lo.
Assistem a Meireles razões para citá-lo de cátedra.
O governo a que pertence o articulista não é um governo que ministra remédios fora da medida – demais ou de menos.
É um governo que, simplesmente, não ministra remédios.
Não ministra, não prescreve, não receitua remédio algum.
Por isso é que as pessoas estão morrendo.
Por isso é que a Saúde do governo Duciomar Costa – o governo a que Meireles pertence – está um caos.
Caos.
Caos, é claro, lesivo ao interesse público.
Só quem é Meireles é que não vê.
8 comentários:
Ei Bemerguy, e o Liberal se presta há isso? Credo que falta de visão de jornalismo.
Que golaço, seu Espaço!
Valeu!
Peia nessa corja!!
Não se faz mais Advogados como antigamente quando existia somente o Curso da UFPA. Depois desta enxurada de Universidades o exemplo estão ai com raras excessão é Dr Raul Meireles e Doutor Dulciomal. Queria ver este pessoal arranjar emprego hoje fazendo concurso.
Amigos comentaristas que tiveram os comentários recusados.
Muita calma nessa hora.
Muitíssima calma (rsss).
Concordo com vôcês, mas vamos com calma.
Abs.
Esse senhor é tão decadente quanto o governo que ele apoia.
Eu não entendi bem o ataque às faculdades privadas, afinal o "mau" operador do direito ou o "mau" administrador pode buscar formação em qualquer faculdade, pública ou privada, o problema está na índole de quem busca formação e não na faculdade. Mas espero que você ainda não tenha se formado, pois escrever "excessão" é demonstração de má formação gramatical. Ainda haverá tempo de completar sua formação intelectual.
Caro Anônimo das 22:32,
Apreciação singela e precisa em relação ao comentário do Anônimo das 15:26. Em cinco linhas o sujeito conseguiu cometer oito erros, dentre ortográficos, gramaticais e de concordância verbal e nominal. Queria vê-lo também prestando um concurso.
Que primor esse Meireles heim?
Vai longe esse rapaz no "Pará da Terra de Direitos".
Vai, sim.
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