“Eu nasci para roubar”

Se você ainda não foi ver Jogo Entre Ladrões, vá logo.
É um bom programa.
Os críticos aqui da redação foram ver o filme no último sábado à noite.
Adoraram.
Morgan Freeman está, como sempre, ótimo. E Antonio Banderas (os dois numa cena, na foto acima), com aquele olhar de cachorro no cio (que não o veja a Pucca, a cadelinha linda que trança por aqui), também tem boa atuação.
Um dos grandes momentos do filme é quando Ripley (Freeman), um ladravaz dos mais finórios, faz uma confissão, digamos, candente sobre suas vocações.
Diz mais ou menos assim:
- Alguns nasceram para compor (músicas ou poesias). Eu nasci para roubar.
Pronto.
Assim mesmo: “Eu nasci para roubar”.
Sem rodeios.
Pois assim é que deviam dizer os ladrões – tantos deles – que são ladrões, não escondem que são ladrões, roubam como ladrões, mas não dizem que são ladrões. Ou jamais dizem: “Eu nasci para roubar”.
Têm muito, esses ladrões, que aprender com o velho – e ladrão – Ripley.