terça-feira, 24 de março de 2009

Duciomar desobedece ordem para finalizar Palacete Pinho

Além de desobedecer ordens judiciais relativas à saúde, a prefeitura de Belém também vem ignorando, há oito meses, uma determinação para finalizar a restauração do Palacete Pinho, prédio do século XIX que integra o patrimônio histórico tombado da capital paraense.
Por mais essa desobediência, o Ministério Público Federal pediu que o prefeito Duciomar Costa seja multado em R$ 1 milhão. A ordem para retomada da obra foi assinada pelo juiz federal Antonio Carlos de Almeida Campelo em abril do ano passado e dava prazo de 6 meses à prefeitura para concluir os trabalhos, mas até agora, nada foi feito.
A obra de recuperação do Palacete havia começado em 2003, após décadas de abandono, com um acordo da prefeitura com o MPF. Mas, em 01 de janeiro de 2005, assim que assumiu o governo, Duciomar Costa a paralisou, quando faltavam menos de 10% do trabalho a ser feito.
O procurador regional da República José Augusto Potiguar, responsável pelo caso, demonstrou à Justiça que a prefeitura recebeu 6,1 milhões de reais para a restauração, mas alegou pendências orçamentárias e paralisou a obra. Para o MPF, essa explicação "não passa de mera desculpa, pois o valor necessário foi liberado, mas lamentavelmente não foi aplicado na obra para a qual se destinava".
Localizado na rua Dr. Assis, 586, o palacete foi palco de constantes manifestações culturais desde o início da sua ocupação pela família do Comendador José de Pinho, responsável por sua construção, em 1897. De acordo com o site do Iphan, que cita o estudioso Correia Pinto, "não havia ali fronteiras de nenhuma espécie: nem políticas, nem estéticas, nem religiosas, nem raciais".
O palacete tem um estilo arquitetônico comum em Portugal nos séculos 17 e 18, mas raro no Brasil, que vem da influência dos palácios e vilas italianas do século 16. A falta de recursos dos herdeiros para preservá-lo levaram à sua venda.
Em agosto de 1986 o prédio foi tombado pelo Iphan. Em dezembro de 1992, a prefeitura desapropriou o palacete. Em março de 2002, o Iphan pediu que o MPF tomasse medidas para evitar a perda do patrimônio. O MPF, por sua vez, questionou a prefeitura, que, no final de 2003, iniciou as obras de restauração, até hoje não concluídas.

Fonte: Assessoria de Imprensa do MPF

2 comentários:

Anônimo disse...

A unica multa que se paga é para o DETRAN do Livio Barbalho, se não pagarmos o nosso veiculo é preso. O resto é papo furado, é liminar e recursos para não pagar, potanto isto não afeta este bandido Prefeito.

Anônimo disse...

O juiz mandou e não cumpriu?
Por que não foi punido por isso?