No ESTADO DE S.PAULO:
A blindagem da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu ontem o primeiro solavanco, com queda tanto nos índices do governo como dele próprio. A última rodada da pesquisa trimestral CNI/Ibope revelou que, pela primeira vez desde setembro de 2007, a avaliação positiva do governo recuou: de 73%, em dezembro, para 64%. E aponta a vilã - vários indicadores mostram impactos reais da crise econômica global.
O índice de "péssimo" cresceu de 6% para 10% e o de regular, de 20% para 25%. Segundo o instituto, a aprovação ao governo recuou de 84% para 78% (seis pontos), enquanto a desaprovação foi de 14% para 19%.
Apesar da reviravolta, cabe lembrar que os números, isoladamente, continuam favoráveis: o saldo é positivo em todos os segmentos analisados. A nota média atribuída à administração foi de 7,4 - pouca variação em relação ao 7,8 anterior.
A popularidade crescente de Lula, que bateu recorde em dezembro, foi estancada: a confiança no presidente caiu de 80% para 74%. A desconfiança subiu de 18% para 23%. Sobre o segundo mandato, 41% (eram 49%) veem avanço em relação ao primeiro e 18% (11% em dezembro) avaliam que houve piora.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 144 municípios, entre os dias 11 e 15 de março. A margem de erro é de dois pontos.
REPROVAÇÃO
Na sondagem detalhada, o governo é mais reprovado do que aprovado em cinco dos nove itens: combate à inflação (por 52% dos entrevistados), taxa de juros (55%), combate ao desemprego (50%), impostos (61%) e saúde (57%).
Para 50%, o desemprego deve aumentar dentro de seis meses - e, para outros 18%, aumentará muito. Só 12% apostam que haverá mais vagas.
A suspeita de que há causas econômicas por trás dos efeitos políticos é reforçada pela percepção sobre o noticiário em torno do governo. O assunto mais lembrado foi a crise financeira internacional e os efeitos sobre o Brasil (29%).
Em seguida, vêm a afirmação de Lula de que a crise seria quase imperceptível no País (11%) e o aumento da taxa de desemprego nas regiões metropolitanas (11%).
SUCESSÃO
Pesquisa Datafolha divulgada ontem apontou queda similar à do Ibope, mas menos acentuada - a aprovação ao governo encolheu de 70%, em novembro de 2008, para 65%. Abordou também a sucessão presidencial. Em todos os cenários, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), aparece à frente, com índices de 41% a 47%.
Na primeira simulação, o tucano aparece com 41% (índice igual ao de novembro), seguido do ex-ministro Ciro Gomes (PSDB), com 16%, e da vereadora Heloísa Helena (PSOL) e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), ambas 11%. Dilma subiu de 8% para 11%; Heloísa caiu de 14% para 11%. Quando Serra cede lugar a Aécio Neves, Ciro lidera (25%), seguido de Heloísa (17%), do governador mineiro (17%) e de Dilma (12). Foram ouvidas 11.204 pessoas, entre 16 e 19 de março, e a margem de erro é de dois pontos.
Em visita ontem a Florianópolis, Serra evitou se colocar como candidato, mas comemorou: "Não estou em nenhuma corrida, mas reconheço que este desejo da Nação se mostra estimulante."
2 comentários:
PAULO VC TEM CONHECIMENTO DE ALGUMA OUTRA PESQUISA EM RELAÇÃO AO GOVERNO DA ANA JATOBÁ A MADRASTA DO PARÁ?
SE TIVER MOSTRE PRA GENTE QUE COM CERTEZA A REJEICÃO DE ESTAR QUASE 100%.
abraço
Não, amigo.
Não temos esssa pesquisa.
Se a tivermos, é evidente que vamos divulgar.
Abs.
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