Poucos dias após o presidente Lula declarar que o Governo pretende dar ao Banco do Brasil novamente a posição de maior instituição financeira do país, o banco estatal anunciou a compra da Nossa Caixa, por R$ 5,4 bilhões (R$ 7,56 bilhões se considerado o pagamento aos acionistas minoritários do banco estadual).
Porém, no critério "ativos", a transação não devolve a liderança do ranking nacional ao BB. Juntos, BB e Nossa Caixa têm agora R$ 512 bilhões, contra R$ 575 bilhões do Itaú-Unibanco. Mesmo com a aquisição dos ativos do BRB (R$ 4,992 bilhões) e do BEP (R$ 243 milhões), cuja intenção já foi oficializada e deve ser concluída em breve pelo BB, esse panorama segue inalterado.
As possíveis incorporações do Banrisul (R$ 25,5 bilhões), Banestes (R$ 9,11 bilhões) e Banco da Amazônia (R$ 6,7 bilhões), muito comentadas no mercado, fortaleceriam ainda mais o BB na segunda colocação no ranking de ativos, com R$ 560 bilhões, porém a tão sonhada liderança só viria com a aquisição de 49% do Banco Votorantim, cujos ativos totais somam R$ 84,8 bilhões.
A Aeba é permanentemente contra a incorporação pelo BB, por entender que o Banco da Amazônia exerce papel fundamental para o desenvolvimento de sua Região. O Banco é imprescindível, um instrumento de combate às desigualdades sociais e regionais. Para a Aeba, ainda que o Banco do Brasil seja um banco público, possui características diferentes em relação ao nosso Banco, que ao longo dos anos acumulou um vasto conhecimento sobre nossa Região, além da expertise aglomerada em seus 66 anos. Numa possível fusão, quem perderá mais somos nós, a sociedade amazônica, a nossa Amazônia, já que os projetos de seus interesses terão sede de discussão e, principalmente, decisão fora daqui.
Fonte: Relatório Bancário
Nenhum comentário:
Postar um comentário