No AMAZÔNIA:
Para os delegados que estão à frente do caso, a quadrilha responsável pela morte do médico cardiologista Salvador Nahmias é articulada e costumava executar até duas 'saidinhas' por semana. 'Saidinha' é o nome dado ao assalto praticado contra pessoas que acabaram de efetuar saques em agências bancárias e são abordadas quando deixam os prédios.
No caso do crime contra o médico, os bandidos acertaram os detalhes de qual banco seria o alvo da ação ainda no final da manhã, em uma lanchonete de um shopping na Sacramenta.
A polícia acredita que pelo menos seis pessoas participaram do crime, divididas em três veículos, sendo uma moto, que levou o assassino, e dois carros de passeio, usados no apoio à fuga e ao monitoramento da vítima.
O delegado Éder Mauro explicou que as duas mulheres entraram na agência bancária para fazer o papel de 'olheiras', pessoas que analisam os possíveis 'alvos' e informam, por celular, ao resto do bando, como a vítima está vestida e qual carro usou para deixar o banco como dinheiro sacado.
As mulheres foram flagradas pelo sistema interno de segurança da agência bancária e a polícia espera finalizar a identificação das acusadas para solicitar à prisão preventiva delas à Justiça.
Do lado de fora do banco, conforme investigação da polícia, estava 'Márcio' ou 'Sandoval' em um primeiro carro, no qual estaria também 'Durval', o 'cobrador', pessoa que faz a abordagem e 'cobra' o dinheiro da vítima. Um segundo carro, estacionado um pouco distante do banco, levava outro apoio e seria usado para receber o dinheiro e a arma após o assalto e dar fuga segura ao bando.
E seguindo essa estrutura, a quadrilha se preparou para mais uma 'saidinha' tão logo o médico saiu da agência bancária e teve as características descritas pelas mulheres.
Nesse momento, 'Durval' teria pegado a arma, uma pistola calibre 380, e saiu do carro, subindo na moto.
O médico foi seguido desde a avenida Nazaré, passando pela travessa 14 de Março até a avenida José Malcher. A moto ainda esteve próxima da vítima pela avenida Assis de Vasconcelos, a rua Osvaldo Cruz e foi somente quando o carro da vítima entrou na rua Riachuelo, que a abordagem foi feita.
A escolha da Riachuelo se deu em razão da via ser estreita e não possibilitar a fuga da vítima, conforme explicou o delegado.
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