domingo, 14 de dezembro de 2008

Polícia ainda está sem pistas dos assassinos de Nahmias

No AMAZÔNIA:

Ainda não há pistas do paradeiro dos assassinos do médico Salvador Leon Nahmias, morto em um assalto no bairro da Comércio, anteontem (12), à tarde. Na manhã de ontem, o delegado de Polícia Civil Waldir Freire esteve na travessa São Pedro, próximo à Praça da Bandeira, local em que o cardiologista morreu depois de ser baleado em uma das pernas. O policial esteve em buscas de evidências e testemunhas que possam colaborar para elucidar o caso. As autoridades estão empenhadas desde a sexta-feira nas investigações, porém ainda há pouca informação que possa levar até os criminosos, assinala Freire. Ele explica ainda que o primeiro momento é para identificar pessoas que possam ter presenciado a perseguição e o tiro que provocou a morte da vítima.
Até o momento, sabe-se que, pelo menos, dois homens estão envolvidos no assassinato e que estavam em uma moto, usada para perseguir o carro em que Salvador estava dirigindo. Freire comenta que ainda não há descrições de modelo e cor do veículo dos assaltantes. 'Trabalhamos com a hipótese de que tinha mais gente envolvida. Nesse tipo de crime, os dois que estão na moto não estão sozinhos. Tem sempre mais alguém dando cobertura', disse o delegado. 'Ainda estamos no íncio das investigações. É cedo para dar mais detalhes. Hoje os policiais continuam as diligências na área para chegar a prender os primeiros suspeitos de envolvimento no crime'.
O delegado Paulo Tamer, diretor da Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM), também reiterou que, neste primeiro momento, não há o que adiantar sobre investigações, uma vez que a polícia ainda está atrás de pistas concretas sobre o que ocorreu de fato da tarde de sexta-feira. O caso está sob responsabilidade da Seccional Urbana do Comércio, mas está sendo acompanhado de perto pela cúpula da Polícia Civil.
Caso - Salvador Nahmias tinha 57 anos e não resistiu ao tiro na perna durante uma tentativa de assalto. O projétil atingiu a veia femural e o médico acabou morrendo por hemorragia, dentro de seu carro, na esquina das ruas João Diogo e São Pedro. Os ladrões não levaram nada da vítima, apenas o balearam e fugiram. A suspeita é que o cardiologista foi alvo do golpe conhecido como 'saidinha'.
Por volta das 13 horas, ele saiu da agência do banco Safra, na avenida Nazaré, de onde havia retirado R$ 22 mil. Ele foi seguido por dois bandidos armados, ambos de capacetes, em uma motocicleta sem identificação. A abordagem foi feita na esquina da rua Riachuelo com travessa Campos Sales, no Comércio. Mas, Salvador não entregou o dinheiro e tentou fugir, dando uma ré brusca no seu carro, um Chevrolet modelo Captiva, com placas JVW - 4747, de Belém. Ele ainda bateu em um poste e depois ficou preso no engarrafamento.
Um dos assaltantes, usando um capacete prateado, desceu da moto e correu em direção ao carro da vítima. Ao final da Riachuelo, esquina com a travessa Padre Eutíquio, o homem disparou na direção do médico, correu de volta para a moto e fugiu, pela contramão, pela Riachuelo. Os detalhes foram informados por um estudante universitária, testemunha no caso e está servindo de base para as investigações. O carro do médico tem uma perfuração de bala no capô e teve o uma das janelas quebradas, provavelmente, por mais disparos. Salvador, ferido, ainda conseguiu dirigir por mais alguns quarteirões, mas ao chegar na São Pedro, perdeu o controle do carro, bateu em um caminhão de uma transportadora estacionado na via.
Enterro - O corpo do médico está na Comunal Israelita, uma sinagoga localizada na travessa 9 de Janeiro. De acordo com a família, pelos rituais judaicos, o enterro não poderia ser realizado ontem. O cortejo fúnebre sairá da sinagoga às 9h de hoje, em direção a um cemitério Israelita, localizado ao lado do Cemitério Público de Santa Izabel.

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