terça-feira, 9 de dezembro de 2008

PM frustra ocupação

No AMAZÔNIA:

Um grupo de mais de 70 pessoas ocupou um terreno localizado na Augusto Montenegro, que pertence à construtora Eccir Engenharia, causando muito tumulto no início da manhã. A área está localizada entre a rodovia e o conjunto Tapajós. Pela manhã, os moradores acionaram a Polícia Militar, que conseguiu desocupar o terreno sem usar a violência, apenas com diálogo. Os militares, liderados pelo capitão João Mariúba, receberam cópia da escritura do terreno do advogado da construtora, comprovando que a propriedade pertence à Eccir Engenharia. O capitão conseguiu convencer os líderes da ocupação a sair do local, mas eles prometem voltar a ocupar o imóvel.
O grupo entrou no terreno pelo conjunto Tapajós, segundo uma das líderes, Lourdes Lima. Ela disse que chegaram de madrugada, derrubaram parte do muro e ocuparam a área. Os invasores afirmaram que foram incentivados a ocupar o terreno por um advogado, o qual não revelaram o nome, mas alegaram que ele distribuiu cópias de um documento, justificando que a área em questão não pertence mais à Eccir, porque foi hipotecada para dívidas da empresa.
Com várias cópias do documento em mãos, as famílias disseram que não têm onde morar, vivem de aluguel, que o governo não proporciona condições de moradia digna para pessoas pobres, com pequena renda e que eles acham justo ocupar um espaço que está ocioso por muito tempo.
O muro parcialmente derrubado faz divisa com a rua Bolonha do conjunto Tapajós, onde moradores ficaram apavorados com a possibilidade de dividir a moradia com uma possível favela, já que as famílias que requerem a área são extremamente pobres. Em 2007, a área já havia sido ocupada por centenas de famílias. A empresa conseguiu a reintegração de posse na Justiça e mandou murar todo o terreno. Também houve outra tentativa de invasão no início deste ano, com a derrubada de um pedaço do muro, contida pela Polícia Militar.
Apesar da alegação de extrema carência, a Polícia Militar orientou os ocupantes a saírem do local. 'Estamos reivindicando direito à moradia. Não somos bandidos, somos pessoas trabalhadoras. Fizemos uma vaquinha para fazer um café para nós e estamos aguardando nosso advogado chegar', contou Lourdes.
Além de pessoas adultas e até idosos, entre os ocupantes havia crianças, adolescentes e até mulheres grávidas no grupo.

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