No AMAZÔNIA:
Os preparativos para a manifestação de amanhã contra a violência já foram concluídos. A caminhada terá o apoio da Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) e da Guarda Municipal de Belém, para garantir a ordem, já que a previsão dos organizadores é de que 2 mil pessoas participem da passeata 'Sim à vida, não à violência', idealizada por parentes e amigos do médico cardiologista Salvador Nahmias, assassinado no último dia 12 durante uma 'saidinha' - assalto quando a vítima sai de agência bancário depois de sacar dinheiro.
Na cerimônia de enterro do médico, os organizadores do movimento colheram algumas sugestões para melhorar a segurança de quem faz uso dos serviços bancários, entre as quais melhorar o policiamento no entorno das agências e proibir o uso de telefones celulares no interior das agências, para impedir vazamentos de informações sobre quem sai das agências com grandes quantias.
As sugestões já foram encaminhadas para a Seretaria de Segurança Pública do Pará (Segup-PA). Segundo a assessoria de imprensa do Governo do Estado, as sugestões ainda serão avaliadas, já que algumas medidas, para serem efetivadas, passam pela condição de projeto de lei e dependerão de votação e aprovação. No caso do uso dos telefones dentro das agências, uma das sugestões mais polêmicas, a advogada Ângela Sales, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Pará (OAB-PA), explica que não se trata de uma medida inconstitucional e pode ser tomada a partir de resolução interna do banco dentro de seu conjunto de normas de segurança, a exemplo do que ocorreu com a implantação das portas com detectores de metais, que tiveram sua implantação definida depois da morte de uma gerente de banco no interior da agência em que trabalhava. A medida foi tomada depois de acordo fechado com as entidades de trabalhadores, por meio de uma resolução.
Ângela Sales explica ainda que a medida também pode ser proposta por lei municipal, sem necessidade de atrelamento a uma lei federal. 'Depois de se avaliar a legalidade de cada uma dessas medidas, é importante partir para colocá-las em prática. O que não se pode mais permitir é a repetição de situações como essas que aconteceram ao médico Salvador Nahmias, e que continuam acontecendo todos os dias a pessoas menos conhecidas. É preciso que se tome providências para ampliar a segurança de funcionários e clientes que precisam usar os serviços dos bancos', ressalta a presidente da Ordem.
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