domingo, 7 de dezembro de 2008

Fotógrafo restaura casarão com dinheiro do próprio bolso

No AMAZÔNIA:

'Essa aqui, ninguém vai destruir', diz o fotógrafo e professor Mariano Klautau Filho, dono de um casarão no largo do Rosário, parte central da Campina.
Há nove anos ele se dedica ao restauro de um imóvel datado do início do século XIX. Começou pelo telhado, partiu para as instalações elétricas e parou na fundação da casa. Tudo com o dinheiro do próprio bolso. 'Eu desisti do Monumenta por causa da burocracia. Para você conseguir os recursos, você tem que passar por um processo muito lento e, às vezes, caro, que poderia ser mais simples'.
Além da dificuldade em se conseguir um financiamento, a reforma de um imóvel listado como bem a ser preservado exige paciência. Sem estímulo, muitos proprietários preferem derrubar os casarões antigos para construir prédios novos, que nem de longe se parecem com o entorno original. 'A cada seis meses, pelo menos três casarões antigos desaparecem daqui sem que a prefeitura faça nada para impedir', lamenta Mariano.
Os moradores da Campina são unânimes. Quando se fala em patrimônio histórico a ser preservado, as pessoas esquecem do bairro. Só se lembram da Cidade Velha, do Largo da Sé. 'A Campina foi o segundo bairro de Belém e tem tanto valor quanto a Cidade Velha', dizem.

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