terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Chapa única para o restante da nova Mesa na Assembléia

Não haverá disputa entre a chapa do PMDB e a de Ana Júlia.
Foi feito um acordo ainda há pouco. Haverá uma chapa única.
Em vez de Ítalo Mácola como 1º vice-presidente, será eleito João Salame (PPS).
Mácola passa a ser o 2º vice-presidente.
Na 1ª secretaria, continuará o petista Miriquinho Batista.
No frigir dos ovos, é como Ana Júlia queria.
E o que ela queria?
Queria todos, menos um tucano – fosse quem fosse – na 1ª vice-presidência da Assembléia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Paulo,

O G emplacou a presidência, o G a
1a vice e o PSDB a 2a vice. O cargo mais alto do PT, as finanças, ficam com o grupo do Paulo Rocha. Moral da história, a DS foi anplamente derrotada. Todos os odiados e cuspidos sairam por cima e, aliás, foi articulação deles e não do governo que gerou a chapa unificada para a mesa.
Na cabeça, Juvenil emplacou não por acordo, apenas venceu sem luta como prezava Sun Tzu. O governo, apesar de prometer mundos e fundos, nào conseguiu produzir o anti-Juvenil pela madrugada.
Puty, PEDE PRA SAIR!

Nadinha de souza disse...

Paulo,

Essa é a minha contribuição ao debate do pós-mesa da ALEPA, lá no Juventude em Pauta:

Notas sobre a eleição da ALEPA

Há uma semana atrás, o debate sobre a sucessão da presidência da ALEPA estava no localizado no PMDB. Pelo acordo com o PT, caberia ao partido indicar a cabeça de uma chapa governista. A sigla, contudo, se imiscuiu numa disputa interna entre Domingos Juvenil, atual presidente, e Martinho Carmona, que argumentava ter um acordo com Jáder Barbalho para suceder Juvenil.




Durante a viagem da governadora à China, o PMDB bateu o martelo: era Juvenil novamente. Dias depois, o governo anuciaria seu acordo com o nome e tudo estaria resolvido. Um passo à frente e o candidato pemedebista obtinha a adesão até mesmo do PSDB, o que superficialmente pdoeria ser considerada uma vitória inconteste do governo, quiçá um prenúncio de tempos melhores para a governabilidade, ainda mais que se tratava da direção legislativa num ano crucial para o governo tentar construir as bases para sua reeleição em 2010.




Ocorre que em meados no fim da semana passada, o governo colocou na pauta uma anti-agenda: a governadora vetava a participação do PSDB na chapa, sustentando a posição de que isso era uma composição tácita entre tucanos e PMDB para 2010, um início de conversa. Para fora, argumentava que nos anos amarelos o PT esteve sempre excluído da mesa e, agora, era hora do troco. Para completar, anunciou que a manutenção do acordo significaria uma ruptura do PMDB com o governo.




Essa era uma posição que continha um conjunto de absurdos. O primeiro era qustionar uma acordo que representava externamente uma vitória do governo. O segundo foi o categórico "não" ouvido de volta. O terceiro foi transformar, em potencial, uma vitória do PMDB em uma derrota sua. O quarto foi renunciar, de antemão, a disputar o PMDB com o PSDB, fazendo ouvidos de mercador para o fato de que o primeiro é fundamental para a governabilidade de maioria no parlamento estadual, voto fundamental para a reeleição e que, além de tudo, ter uma boa relação com a seção paraense do partido, ajuda a fortalecer a idéia deste partido aderir ao candidato lulista em 2010 para a presidência.




Acontece que o plano incial da nova gestão da articulação política governista é, até agora sem nenhum motivo consistente a não ser uma pureza hospitalar que não pratica e um doutrinarismo academicista esquerdista, tirar o PMDB do bloco. Só que isso precisa de uma justificativa pública para a sociedade que a elegeu e para o PT que apóia a aliança. Então, nenhum dos elementos supracitados são considerados pelo governo. Contudo, a operação mesa da ALEPA nem para fundamentar uma ruptura posterior serviu, pois ficou nítida a responsabilidade do governo com o então racha com o PMDB, assim como é claro que a hostilidade parte da Casa Civil, haja vista a eleição municipal, na qual o governo apoiou indecorosamente Duciomar Costa, ou o acordo vinícola com o grupo dos Maiorana.




Durante a madrugada, foi tentado absolutamente tudo para sacar um anti-Juvenil. Empreitada fracassada. Restou apoiar o candidato à reeleição para o feio não ficar escabroso. Ameaçando ir para a disputa da mesa com chapa separada, contava apenas com bancada do PT e do PTB, que retribuiria o favor eleitoral. Recuou novamente para uma chapa única, onde prevalece o G-9, grupo achincalhado como ultra-fisiológico, direitista, oportunista etc. pelo governo e uma das bases que serviram para justificar a substituição na Casa Civil (o grupo recentemente foi retalhado nas indicações que fez ao governo), com João Salame na 1a vice-presidência; o PMDB, que emplacou a cabeça da ALEPA sem a dignididade do combate com o governo; e, finalmente, coma presença do PSDB na 2a vice-presidênca. Ora, quanto a isso, o debate começou com o veto da governadora à presença tucana, fonte da ameaça de ruptura com o governo. Aceitar o PSDB na 2a vice-presidência já foi obra do recuo que beirava o ridículo de uma negociação já se estava rendido e lembrava pequenas picuinhas de semi-acordos firmados no movimento estudantil. O espírito da coisa era ganhar alguma coisa para ter "o que falar em casa". No final das contas, a máxima representação petista na mesa, o deputado Miriquinho Batista, é integrando da Unidade na Luta, tendência petista liderada por Paulo Rocha, detestada e admoestada pelo Palácio dos Despachos.




O resultado de hoje foi uma vitória, portanto, do PMDB, do G-9 e do deputado federal petista. Aliás, os atores fundamentais dos consensos firmados.




Da parte do governo, segue-se não uma derrota desmoralizadora, que aconteceria caso esticassem mais a corda, mas ainda assim uma derrota, aquela que rebaixa a dignidade da política no altar da imaturidade, inabilidade, desconhecimento da dinâmica de uma Casa onde a característica fundamental é o entendimento. Foi a vitória de governanilidade sobre o sectarismo esquerdista-burocrático. Foi a vitória do poder legislativo, cujos atores entraram em cena e mostraram porquê lá estão sobre a arrogância de uma articulação política do Executivo que trata o parlamento como um saco de laranja predispostos trocarem qualquer coisa num barganha em cima da hora.