sexta-feira, 16 de maio de 2008

Zenaldo está mesmo “incluído fora”, mas defende unidade

O deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) confirma ao Espaço Aberto, ele mesmo, a informação que aqui se adiantou na última quarta-feira: não existe a menor possibilidade de que ele venha a disputar pela segunda vez a Prefeitura de Belém. Como então se disse, o deputado já anunciou a quem de direito para “incluí-lo fora” da disputa à sucessão do prefeito Duciomar Costa (PTB).
Por quê?
Bem, o porquê de Zenaldo contraria – ou desmente, se quiserem - o que apurou o blog: que ele não estaria inclinado a correr, pela segunda vez, o risco de ser derrotado num pleito majoritário como o de 2000, quando concorreu à Prefeitura de Belém e não passou do terceiro lugar. Obteve apenas 96,3 mil votos, contra 267,3 mil de Edmilson Rodrigues – então no PT -, que se reelegeu, e 188,2 mil de Duciomar.
O deputado diz que perder ou ganhar é contingência da vida – inclusive e principalmente na política. Ressalta que as derrotas, se são dolorosas, nem sempre dão motivo a que não tente outra vez. Menciona, nesse sentido, o caso de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), derrotado na disputa pela Prefeitura de São Paulo (SP) - na famosa eleição em que sentou antecipadamente na cadeira de prefeito e perdeu para Jânio Quadros -, mas vitorioso em duas eleições presidenciais.
Além de FHC, Zenaldo cita o caso mais recente para confirmar sua tese: o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também derrotado em eleições presidenciais e agora presidente reeleito. Tão reeleito que induz petistas e outros aliados ao sonho de mexerem na Constituição para garantir-lhe um terceiro mandato.
PRIORIDADES - “Aquela eleição [de 2000] que disputei não tem o menor peso na minha decisão de não sair candidato a prefeito de Belém. Sou deputado há várias legislaturas. Sempre fui bem votado. Na última, obtive 141 mil votos. A questão é que tenho no momento outras prioridades, e as circunstâncias de agora são diferentes em relação às de 2000 . Agora, por exemplo, exerço a função de Líder da Minoria na Câmara. Acho que posso contribuir muito mais para o Estado e para o meu partido, no momento, exercendo o meu mandato de deputado federal”, diz Zenaldo.
Sobre os rumos do PSDB, até agora sem lenço e sem documento quanto à formação de alianças para o pleito de outubro em Belém, o deputado considera que as preferências de tucanos mais e menos emplumados por esta ou aquela alternativa – seja a candidatura própria, seja o apoio a Valéria Pires Franco (DEM), seja uma eventual aliança com o prefeito Duciomar Costa – não é importante neste período que antecede a reunião dos tucanos até aqui prevista para a próxima segunda-feira (19), quando será feita mais uma tentativa de se decidir o assunto.
“O importante é que se chegue à reunião de segunda-feira com a disposição de construir uma alternativa que garanta a unidade do partido. Eu estou certo de que, mais do que discutir nomes, a nossa unidade é mais importante. Se estivermos unidos, qualquer que seja a solução a ser encontrada atrairá o apoio de todos nós. E assim poderemos caminhar unidos para as eleições de outubro”, reforçou Zenaldo.

Um comentário:

Anônimo disse...

O deputado Zenaldo Coutinho, sem a menor sombra de dúvida, é o que há de melhor na nossa política.
Como nosso representante em Brasília, e particularmente, meu colega e meu líder na Câmara dos Deputados, só faz nos orgulhar.
Vic Pires Franco
Deputado Federal