No AMAZÔNIA:
Professores e alunos da Escola Municipal Parque Amazônia, na Terra Firme, viveram momentos de tensão e medo nos últimos meses. Aliás, a escola vem sofrendo com a violência há muitos anos, mas de dezembro até a semana retrasada a situação ficou insustentável. O resultado da insegurança pôde ser vista dentro das salas de aula. Das doze salas que ficavam lotadas no período noturno, atualmente só existem quatro, tamanha foi a desistência de estudantes. De todos os alunos matriculados para estudar este ano no colégio, 40% solicitou transferência. A escola, que já teve 1.600 estudantes, hoje não registra 1.000 alunos. Dois professores pediram transferência e outro entregou metade da carga horária na instituição. Isso sem contar com as ameaças que a diretora vem sofrendo. A escola tem 38 professores que lecionam da educação infantil ao ensino fundamental, além da educação de jovens e adultos (EJA).
O quadro de risco nas unidades escolares, sejam elas do município ou do Estado, é alarmante. Em praticamente todas as escolas, especialmente aquelas que ficam em bairros mais carentes, é possível encontrar professores e alunos temerosos com a violência. A escola Parque Amazônia está no topo da lista de instituições educacionais consideradas 'zonas vermelhas' pela Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipoe). Para acalmar os ânimos por lá e garantir que as aulas transcorressem normalmente, foi preciso acionar a polícia diariamente e garantir a segurança do local desta maneira, com policiais armados. Desde a última semana, segundo a diretora Maria de Lourdes Amaral, foi possível sentir mais tranqüilidade na instituição. 'A polícia está sempre por perto. Sabemos que esta não é melhor maneira de resolver o problema, mas a situação estava crítica e era preciso fazer alguma coisa', disse. A situação na escola Parque Amazônia é antiga. Em 2005, por exemplo, a escola parou suas atividades por 23 dias por causa da violência. Naquela época, a Kombi que faz o transporte dos professores foi assaltada e 12 pessoas foram vítimas dos bandidos. 'Nos dois anos seguintes, houve uma melhora. E desde dezembro do ano passado a insegurança passou dos limites', enfatizou Lourdes. De acordo com ela, a violência ocorre principalmente nos arredores da escola. Mas o colégio também já é alvo de bandidos. No mês passado, quatro rapazes entraram na escola e um deles invadiu uma na sala de aula e tentou roubar a bolsa da professora usando um estilete.
Lourdes Amaral já perdeu a conta de quantas vezes a fiação elétrica do colégio foi roubada. 'Foram pelo menos seis vezes. Eu gastei R$ 1.300 para comprar toda a fiação, porque nós já estávamos sem telefone e sem alarme por conta dos furtos', explicou.
Na opinião da diretora, o problema na área da Terra Firme reflete nas atividades escolares. A escola está cercada por áreas de invasão, e o muro é baixo, contribuindo para a entrada de pessoas desconhecidas mal intencionadas. 'Nesta área, cerca de 80% das famílias são desestruturadas. E isso é observado dentro da própria escola. Aqui têm estudantes que os pais ou mães estão presos, e outras situações parecidas', frisou.
Outro problema é a falta de saneamento básico e iluminação nas vias. 'Os governos precisam olhar com mais carinho para este bairro. Para resolver o problema da violência, a questão vai além de segurança pública. É bom lembrar que os bandidos não gostam de ruas asfaltadas, não gostam de ruas iluminadas. Então se estes trabalhos fossem feitos aqui certamente eles iriam procurar vítimas em outros lugares', disse.
Mais aqui.
Professores e alunos da Escola Municipal Parque Amazônia, na Terra Firme, viveram momentos de tensão e medo nos últimos meses. Aliás, a escola vem sofrendo com a violência há muitos anos, mas de dezembro até a semana retrasada a situação ficou insustentável. O resultado da insegurança pôde ser vista dentro das salas de aula. Das doze salas que ficavam lotadas no período noturno, atualmente só existem quatro, tamanha foi a desistência de estudantes. De todos os alunos matriculados para estudar este ano no colégio, 40% solicitou transferência. A escola, que já teve 1.600 estudantes, hoje não registra 1.000 alunos. Dois professores pediram transferência e outro entregou metade da carga horária na instituição. Isso sem contar com as ameaças que a diretora vem sofrendo. A escola tem 38 professores que lecionam da educação infantil ao ensino fundamental, além da educação de jovens e adultos (EJA).
O quadro de risco nas unidades escolares, sejam elas do município ou do Estado, é alarmante. Em praticamente todas as escolas, especialmente aquelas que ficam em bairros mais carentes, é possível encontrar professores e alunos temerosos com a violência. A escola Parque Amazônia está no topo da lista de instituições educacionais consideradas 'zonas vermelhas' pela Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipoe). Para acalmar os ânimos por lá e garantir que as aulas transcorressem normalmente, foi preciso acionar a polícia diariamente e garantir a segurança do local desta maneira, com policiais armados. Desde a última semana, segundo a diretora Maria de Lourdes Amaral, foi possível sentir mais tranqüilidade na instituição. 'A polícia está sempre por perto. Sabemos que esta não é melhor maneira de resolver o problema, mas a situação estava crítica e era preciso fazer alguma coisa', disse. A situação na escola Parque Amazônia é antiga. Em 2005, por exemplo, a escola parou suas atividades por 23 dias por causa da violência. Naquela época, a Kombi que faz o transporte dos professores foi assaltada e 12 pessoas foram vítimas dos bandidos. 'Nos dois anos seguintes, houve uma melhora. E desde dezembro do ano passado a insegurança passou dos limites', enfatizou Lourdes. De acordo com ela, a violência ocorre principalmente nos arredores da escola. Mas o colégio também já é alvo de bandidos. No mês passado, quatro rapazes entraram na escola e um deles invadiu uma na sala de aula e tentou roubar a bolsa da professora usando um estilete.
Lourdes Amaral já perdeu a conta de quantas vezes a fiação elétrica do colégio foi roubada. 'Foram pelo menos seis vezes. Eu gastei R$ 1.300 para comprar toda a fiação, porque nós já estávamos sem telefone e sem alarme por conta dos furtos', explicou.
Na opinião da diretora, o problema na área da Terra Firme reflete nas atividades escolares. A escola está cercada por áreas de invasão, e o muro é baixo, contribuindo para a entrada de pessoas desconhecidas mal intencionadas. 'Nesta área, cerca de 80% das famílias são desestruturadas. E isso é observado dentro da própria escola. Aqui têm estudantes que os pais ou mães estão presos, e outras situações parecidas', frisou.
Outro problema é a falta de saneamento básico e iluminação nas vias. 'Os governos precisam olhar com mais carinho para este bairro. Para resolver o problema da violência, a questão vai além de segurança pública. É bom lembrar que os bandidos não gostam de ruas asfaltadas, não gostam de ruas iluminadas. Então se estes trabalhos fossem feitos aqui certamente eles iriam procurar vítimas em outros lugares', disse.
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